Família fará vigília em cemitério para evitar que corpo seja furtado de novo
Corpo de Rosilei Potronieli será seputado em Dois Irmãos do Buriti; até que autor do furto, o ex-namorado José Gomes Rodrigues seja preso, pretendem fazer vigília no túmulo
A família de Rosilei Potronieli está assustada com o desfecho da investigação da subtração do corpo do cemitério de Dois Irmãos do Buriti. Depois do novo sepultamento, pretende fazer revezamento para vigiar o túmulo, até que o autor seja preso.
Em coletiva esta manhã, a Polícia Civil identificou o ex-tenente José Gomes Rodrigues, 50 anos, ex-namorado da vítima, como responsável pelo furto. O primo dele, o agente de segurança, Edson Maciel Gomes, disse que José alegou que os dois tinham pacto de amor. Quem morresse primeiro, buscaria o outro para ficar junto para sempre. O corpo foi encontrado em uma cova na chácara do ex-militar em Campo Grande.
A mãe, Adélia Potronieli, 75 anos, estava muito assustada e emocionada. Tremendo, disse que estava com medo de José, que ainda está foragido. “Nem depois de morta ela tem sossego”. Adélia não acredita na versão de pacto de amor e acha que ele tenha mandado matar Rosilei. Entre indas e vindas, eles tiveram relacionamento de cerca de 20 anos, conforme depoimento do primo de José.
A irmã de Roselei, que não quiser identificada, estava revoltada com a falta de segurança no cemitério. “Não tem cadeado, não tem polícia, não tem guarda, não tem nada lá”.
Ela está vindo a Campo Grande para liberar o corpo de Rosilei no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para que seja transladado e sepultado, na mesma cova, em Dois Irmãos do Buriti. Depois disso, familiares pretendem fazer revezamento para garantir que nada aconteça ao corpo novamente. Adélia tem mais quatro filhos e três filhas que moram em Mato Grosso do Sul.
Familiares também temem pela segurança das filhas de Rosilei, quatro meninas com idade de 9 a 18 anos e que moram em Campo Grande.
Crime – o autor do homicídio, Adailton Couto, foi preso após apresentar-se à polícia. Rosilei foi esfaqueada em um bar em Terenos, após discutir com ele, no dia 9 de fevereiro. Ela chegou a ser levada para Campo Grande, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no domingo (10).