Famílias da comunidade Furnas do Dionísio estão sem água há um mês
Bomba de poço artesiano queimou e problema ainda não foi resolvido
Aos 62 anos, Maria Aparecida Martins precisa racionar o consumo de água, trazida da casa da irmã, que mora a quase dois quilômetros de distância. “Não é todo dia que dá pra tomar banho. Minhas plantas, coitadas, estão todas morrendo”, mencionou a idosa uma pequena parte de seus problemas diários. A situação acomete 32 famílias da comunidade negra rural Furnas do Dionísio, em Jaraguari e a aproximadamente 35 quilômetros de Campo Grande.
A falta de água, que perdura quase um mês, foi provocada por problemas na bomba do poço artesiano, que abastece parte da comunidade. A máquina, que substituiu a estragada, não tem força para bombear o líquido em quantidade suficiente e para todas as casas. Além disso, não pode ficar ligada por muito tempo para não queimar também. Resultado: as famílias não têm água de vez ou têm pouquíssimo.
Maria Aparecida “está se virando”, como ela disse. “Tô puxando água de carro lá da casa da minha irmã. Tem sempre alguém pra buscar pra mim. Aí quando vou lá já aproveito e tomo banho. Tenho que regrar a água, se não dá nem pra fazer comida”, contou a idosa.
Ela disse, ainda, que algumas pessoas estão retirando água diretamente do córrego. “Mas essa água do corgo (sic) não é boa pra beber. Pode dar doença”, alertou. “E tem muita gente sem água aqui. Tem família com gente velha, doente, com criança. E não têm água”, acrescentou.
Informações de fonte da comunidade, que preferiu não se identificar, é que o problema está perto de ser resolvido, segundo informou a Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), órgão da Prefeitura de Jaraguari.
A bomba, que estava estragada, já teria sido consertada em Campo Grande. “Só tá dependendo de guincho pra trazer ela”, disse a fonte, repetindo informação recebida da Saae.
O Campo Grande News tentou, contato com a Saae para tratar do assunto, mas não houve retorno.
