Há 27 dias sem chuva, número de queimadas aumenta 135% neste ano
Mato Grosso do Sul completa hoje 27 dias sem chuva. A temperatura alta aliada com tempo seco e vento têm contribuindo para o aumento de focos de incêndio, principalmente na região do Pantanal. O número de queimadas em Corumbá, distante 419 quilômetros de Campo Grande, aumentou 135%, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Em 2014, de janeiro a agosto, foram registrados 368 focos, enquanto este ano já são 868.
Conforme o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), depois da cidade branca, que lidera o ranking, está Aquidauana com 161 casos e em terceiro, Porto Murtinho com 540. Durante o ano passado, Corumbá registrou 1.055 focos.
Não há previsão de chuva para esta semana, de acordo com a meteorologista Cátia Braga do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de Mato Grosso do Sul). Segundo ela, na próxima terça-feira o sistema de alta pressão vai se afastar do continente, aumentando assim, a nebulosidade a partir de segunda-feira. “Em função disso, a umidade relativa do ar deve melhorar um pouco, mas ainda não temos previsão de chuva”, destaca.
Mapa - O mapa criado automaticamente pelo sistema de monitoramento de queimadas por satélites do Inpe e analisado pelo Cemtec (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de mato Grosso do Sul) mostra grande possibilidade de queimadas para a maioria das cidades, tanto na área urbana, quanto florestal.
A cor vermelho bordô, indica situação critica para a região pantaneira, norte e uma parte do bolsão. O vermelho mais claro mostra risco alto para todas as regiões. Segundo o Corpo de Bombeiros, a maioria dos incêndios registrados na cidade foi causado por alguém. Com tempo seco e vento, o fogo se propaga rapidamente. Queimadas nesta época do ano causa dano a saúde humana e ao meio ambiente. A umidade relativa do ar abaixo de 30%, coloca Mato Grosso do Sul em estado de atenção. O ideal para a saúde humana é umidade de 60%.