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Hidrovia Tietê/Paraná pode baratear custo de transporte no Bolsão de MS

Edivaldo Bitencourt | 19/04/2013 15:07
Grupo debate sobre hidrovia em Aparecida do Taboado (Foto: Divulgação)
Grupo debate sobre hidrovia em Aparecida do Taboado (Foto: Divulgação)

O escoamento de grãos e produtos industrializados pode ficar mais barato por meio da Hidrovia Tietê/Paraná. Os municípios de Aparecida do Taboado e Cassilândia, na região do Bolsão, querem viabilizar a construção de porto intermodal e a inclusão do rio Aporé.

A hidrovia tem 3.290 quilômetros dos rios Paraná, Tietê e seus afluentes para a navegação. A nova modalidade de transporte vai facilitar e baratear o escoamento de cerca de 65% do combustível e 75% dos grãos que são escoados por rodovias de Aparecida do Taboado (MS).

O Projeto Hidroviário Paraná-Tietê abrange uma área de influência compreendida pelos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais.

O prefeito de Aparecida, Robinho Samara, contou que uma área de 161 hectares foi adquirida para ser transformada em porto intermodal pela Constran/Ferronorte no rio Paranaíba. Ele defende a construção do porto para a conclusão do transporte intermodal, de hidrovia e ferrovia.

O objetivo é aproveitar os investimentos federais, que totalizam R$ 145 bilhões em hidrovias, para viabilizar os projetos na região. O projeto da Hidrovia Tietê/Paraná foi apresentado quinta-feira à noite, em Aparecida do Taboado, pelo consórcio formado pelas empresas Ebei, Dzeta e Hidrotopo, que venceu a concorrência pública realizada pelo Ministério dos Transportes.

O consultor técnico da Ebei (Empresa Brasileira de Engenharia de Infraestrutura), Rui Gelehrter da Costa Lopes, explica que a hidrovia está contemplada no Plano Nacional de Viação (PNV), apta a receber investimentos do Governo Federal.
“Os estudos e projetos em torno da hidrovia estão incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e são o marco inicial das ações de melhoria do transporte na região, levando em conta a redução de custos, além de promover o Desenvolvimento Regional na área de influência da Bacia Hidrográfica do Paraná”, detalhou.

O prefeito de Cassilândia (MS), Carlos Augusto da Silva, solicitou a inclusão do Rio Aporé nos estudos. Ele explicou que o município está se tornando o complexo da borracha e que já possui uma área de aproximadamente 30 mil hectares para o plantio de seringueira. Cerca de 300 pessoas já trabalham na extração do látex.

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