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Interior

Homem morre com suspeita de dengue após não ser atendido em UPA

Alan Diógenes | 02/05/2015 18:55

A família de Fernando Pinheiro da Silva, de 27 anos, que morreu por volta das 2h deste sábado (2) com suspeita de dengue, no Hospital Auxiliadora, em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, registrou um boletim de ocorrência por omissão de socorro. Ele já havia passado duas vezes por atendimento em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), foi liberado, mas no terceiro retorno, um funcionário se recusou a fazer seu atendimento.

Conforme o registro policial, Fernando começou a apresentar sintomas como: febre, dores de cabeça e no corpo e vômito. Sua mulher o levou em uma unidade de saúde e o médico receitou apenas Dipirona e outro remédio que a esposa não sabe qual o nome, além de pedir exame de sangue. Ele foi liberado, mas continuou piorando e teve que retornar ao centro de saúde.

Já nesta segunda vez, uma médica o atendeu, olhou o resultado de exame de sangue anterior que deu negativo para dengue e pediu outro exame. Fernando ficou por cerca de duas horas tomando soro e a médica ministrou, a mesma receitou os mesmos remédios e o liberou.

Já em casa, Fernando não teve mais febre, mas a dor no corpo aumentou, ele teve diarréia e manchas avermelhadas na pele, que se propagaram por todo o corpo. Após algumas horas, começou a apresentar sangue nas fezes.

Diante da situação, a esposa o levou novamente à unidade de saúde por conta do estado grave, inclusive ele tinha dificuldade para respirar. Segundo a mulher, mesmo com insistência de familiares e amigos, um funcionário do hospital se negou a receber o paciente porque o expediente estava encerrado.

Desta forma, a família então o encaminhou ao Hospital Auxiliadora, onde ele foi levado às pressas para a sala de reanimação, por já estar inconsciente. Após 40 minutos, um médico veio e noticiou que Fernando havia morrido, que deveria ter sido internado o quanto antes, e jamais os médicos anteriores deveriam ter dado Dipirona à ele, por se tratar de dengue.

Diante da tragédia, a família com o prontuário de Fernando e seu atestado de óbito decidiu registrar um boletim de ocorrência por omissão de socorro.

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