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Interior

Idosa que matou o marido também assassinou o filho com 16 facadas há quatro anos

Idosa foi presa em flagrante e também estava ferida; ela não quis responder ao interrogatório da polícia

Por Dayene Paz | 08/10/2024 09:29
Viaturas da pax e PM em frente à casa onde ocorreu crime, em 2020, e abaixo, faca utilizada para matar Agmar. (Foto: Reprodução)
Viaturas da pax e PM em frente à casa onde ocorreu crime, em 2020, e abaixo, faca utilizada para matar Agmar. (Foto: Reprodução)

Emília Maria de Jesus, de 71 anos, presa no domingo (6) após matar o marido, João Teodoro do Prado, de 66 anos, a facadas, responde a outro processo de homicídio. Em setembro de 2020, confessou ter matado o filho com 16 facadas. Ambos os crimes ocorreram na cidade de Paranaíba, distante cerca de 408 quilômetros de Campo Grande.

Emília contou que agiu para se defender do filho, Agmar Quirino de Almeida, de 50 anos, depois de uma briga. Ela relatou que o filho pegou uma faca e a atacou, fazendo com que Emília caísse no chão. Na sequência, foi chutada por Agmar e os dois entraram em luta, momento em que ela pegou a faca e desferiu contra o filho, que morreu no local.

A Polícia Militar encontrou Emília ensanguentada na calçada da residência e ela confessou ter desferido facadas no filho. A perícia encontrou 16 ferimentos na vítima. A idosa chegou a ser presa, mas conseguiu liberdade provisória e respondia em liberdade.

Quatro anos depois, Emília volta a ser presa. No domingo (6), matou João a facadas, em cena parecida com a morte de Agmar.

Testemunhas contaram para a Polícia Militar que um veículo deixou Emília na frente da casa onde ela morava com a vítima, no Bairro Daniel II, e pouco tempo depois, a idosa foi vista saindo ensanguentada e caiu na calçada do imóvel. A mulher foi socorrida com lesões de facadas, mas sem gravidade.

A polícia ainda tenta entender o que aconteceu dentro da residência do casal, mas vizinhos contaram que os idosos brigavam constantemente. Também relataram que Emília sempre apresentava comportamento agressivo com João Teodoro.

No TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) consta que Emília tem processos por violência doméstica, nos quais ela atua como autora. Na delegacia, a idosa não quis dar declarações aos policiais.

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