Incêndio em propriedade rural consumiu áreas de preservação ambiental
O incêndio que atingiu uma extensa área de vegetação na Fazenda Boi Preto nessa quarta-feira (13) em Ribas do Rio Pardo, a 103 quilômetros de Campo Grande, consumiu parte da reserva legal e APP (Área de Proteção Permanente) da propriedade. Equipe do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) retornou ao local hoje para acompanhar o mapeamento da área queimada.
Segundo informações da assessoria de imprensa do órgão, os servidores ajudarão a avaliar os impactos ambientais causados pelo incidente. Até o momento estima-se que tenham sido consumidos mil hectares, sendo 400 hectares de florestas de eucalipto e o restante de pastagens e locais de preservação.
Militares do Corpo de Bombeiros também retornaram ao município para fazer o trabalho de rescaldo e garantir que as brasas não façam com que as chamas reacendam.
Em nota, o Imasul afirma que tão logo os impactos sejam listados, o governo tomará as medidas cabíveis. O incêndio começou em uma área de floresta por volta do meio-dia, se alastrou com a força dos ventos e passou para o outro lado da BR-262, que chegou a ser interditada.
O combate ao fogo durou cerca de dez horas. Os bombeiros mobilizaram todas as viaturas possíveis ao local.
Investigação – A Fazenda Boi Preto ficou conhecida por ser alvo de mandado de busca e apreensão durante a operação Greenfield, da Polícia Federal. A propriedade pertence ao empresário Mário Celso Lopes, que foi preso durante a ação suspeito de fechar um contrato de R$ 190 milhões para mascarar o suborno a um empresário. O objetivo era impedir que essa pessoa revelasse informações de interesse da investigação da polícia.]
Apurou-se também fraudes em fundos de pensão que realizaram investimentos no FIP (Fundo de Investimentos em Participação ) Florestal. O FIP teria recebido um aporte de cerca de R$ 550 milhões dos fundos de pensão Petros e Funcef.