Incêndio que feriu produtor pode ter destruído 100 hectares em Maracaju
Combate às chamas durou pouco mais de cinco horas; Bombeiros contaram com apoio de civis no trabalho
O incêndio que destruiu pastagens de três áreas em Maracaju - município localizado a 160 km de Campo Grande - na tarde desta terça-feira (8) e também deixou um produtor rural ferido, com 80% do corpo queimado, foi extinto pelas equipes de militares e civis que trabalharam no combate às chamas. O vídeo mostrando as chamas pode ser visto ao fim da matéria.
De acordo com o major do Corpo de Bombeiros, Bruno Leite, a estimativa é que cerca de 100 hectares foram queimados, porém um número oficial será divulgado apenas nesta quarta-feira (9), quando será feita a medição durante o dia.
O combate ao incêndio começou por volta das 13h (a primeira chamada aconteceu às 12h45), encerrando aproximadamente às 18h, já com todos os focos combatidos e o trabalho de rescaldo realizado.
Além dos militares dos Bombeiros, trabalhadores de fazendas locais, tratores emprestados por outros produtores, caminhões-pipa e até aviões, costumeiramente usados para aplicação de defensivos agrícolas, foram utilizados. A prefeitura também apoiou o trabalho de combate às chamas.
"Foram três áreas atingidas, uma perto do lixão [onde começou o incêndio], outra na região do Sindicato Rural e Fundação MS [que teve também as pastagens atingidas] e o terceiro perto da aldeia indígena local", explica major Bruno.
Vítima queimada - As plantações atingidas são de milho, uma delas pertencente ao produtor Edmilson Vicensi, que sofreu queimaduras graves quando tentava apagar incêndio na Fazenda Noroeste, que fica 20 km da área urbano de Maracaju.
Ele tentava, com um trator, barrar o avanço das chamas em sua propriedade. Porém, o trator parou de funcionar no meio do fogo e a vítima foi coberta pelas chamas. Ele ainda conseguiu a sair correndo do veículo.
Porem, acabou desmaiando, sendo socorrido por funcionários da fazenda. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas Edmilson foi levado por meios próprios para Campo Grande, dando entrada às 16h45 na Santa Casa.
Até às 18h40, ele estava internado em estado considerável estável, mas ainda na ala vermelha - a de emergência máxima do hospital - passando pelos primeiros atendimentos. A reportagem tentou novo contato com a Santa Casa até o fechamento desse texto, mas não conseguiu obter mais informações sobre o estado de saúde de Edmilson.