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Interior

Índios mantêm 40 reféns em aldeia; "Estamos em pânico", diz enfermeira

Aline dos Santos | 06/05/2013 12:10

Quarenta pessoas são mantidas reféns por 300 índios na aldeia Porto Lindo em Japorã. O grupo de servidores da Funai (Fundação Nacional do Índio), Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), professores e policiais foi ao local para participar da 5ª Conferência de Saúde Indígena.

No entanto, os índios logo avisaram que as pessoas seriam proibidas de deixar o local até que Brasília envie um representante.

Na aldeia não funciona celular e a única comunição é por meio do orelhão. Por enquanto, os reféns podem utilizar o aparelho telefônico. Eles devem ligar para Brasília. A reportagem do Campo Grande News conseguiu falar com uma enfermeira da Sesai, que preferiu não relevar o nome para evitar problemas com os índios.

“Está todo mundo em pânico”, afirma. Segundo ela, havia rumores de que os indígenas promoveriam um protesto devido às condições do atendimento. Os índios estão com o corpo pintado e com arcos e flechas. Eles vieram de três aldeias e dois assentamentos.

Numa tentativa de esfriar os ânimos, a programação do seminário prossegue na aldeia. No local, segundo a enfermeira, há seis policiais da Força Nacional de Segurança e dois policiais militares. “Mas acho que ninguém vai tentar sair”, diz. Ela conta que os servidores já estão mais habituados com os índios, no entanto, nunca passaram por essa situação.

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