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Interior

Juiz afasta por mais 90 dias vereadores do caso "mensalinho"

Decisão foi tomada hoje no âmbito da Operação Dark Money, que investiga corrupção em Maracaju

Helio de Freitas, de Dourados | 20/01/2023 17:44
Presidente da Câmara Robert Ziemann está entre os 8 vereadores afastados (Foto: Divulgação)
Presidente da Câmara Robert Ziemann está entre os 8 vereadores afastados (Foto: Divulgação)

O Juiz Marco Antônio Montagnana Morais afastou por mais 90 dias os oito vereadores de Maracaju investigados no âmbito da Operação Dark Money, acusados de receber mensalinho da prefeitura na gestão do ex-prefeito Maurilio Azambuja (PSDB).

A decisão mantém afastados do mandato, pelo menos até março, o atual presidente da Câmara Robert Ziemann (PSDB) e os vereadores Laudo Sorrilha Brunett (PSDB); Ludimar Portela, o “Nego do Povo” (MDB); Joaozinho Rocha (MDB); Hélio Albarello (MDB); Antonio João Marçal de Souza, o “Nenê da Vista Alegre” (MDB); Ilson Portela, o “Catito” (União Brasil; e Jefferson Lopes (União Brasil).

Afastados pela primeira vez no dia 7 de dezembro, eles são investigados na fase mensalinho da Operação Dark Money, desencadeada em setembro de 2021 pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) para desmontar esquema de corrupção instalado na gestão de Maurilio Azambuja.

Inicialmente, os oito vereadores – reeleitos em 2020 e três políticos que exerciam mandato durante o esquema mas não conseguiram novo mandato – foram afastados por 30 dias.

No início de janeiro de 2023, o Dracco pediu novo afastamento, dessa vez de 180 dias, após descobrir novas provas ligando os vereadores ao esquema de corrupção, coletadas durante os mandados de busca cumpridos em dezembro.

O juiz plantonista Juliano Luiz Pereira entendeu não ser assunto para análise durante plantão judiciário e preferiu deixar a decisão para o juiz titular.

Entretanto, para impedir o retorno imediato dos vereadores, o magistrado prorrogou o afastamento por mais 15 dias. O prazo vencia nesta sexta-feira, mas com a decisão de hoje, todos continuam afastados pelo menos até abril.

Viaturas em frente à casa de um dos alvos da operação, em dezembro (Foto: Arquivo)
Viaturas em frente à casa de um dos alvos da operação, em dezembro (Foto: Arquivo)

No despacho do início do mês, o juiz plantonista deixou fora da lista o vereador Ilson Portela, que tinha conseguido suspender o afastamento através de habeas corpus do desembargador Sideni Soncini Pimentel, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Oito dias depois, no entanto, a 3ª câmara criminal do Tribunal de Justiça anulou a liminar e manteve o afastamento e outras medidas, entre as quais a indisponibilidade dos bens.

Além dos oito vereadores, são alvos da investigação o suplente de vereador Vergílio da Banca (MDB) e os ex-vereadores Adriano da Silva Rodrigues, o “Professor Dada”, e Toton Pradence.

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