ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, DOMINGO  24    CAMPO GRANDE 26º

Interior

Tribunal reconduz ao cargo vereador acusado de receber mensalinho

Ilson Portela, “Catito”, reassumiu cadeira na Câmara de Maracaju nesta terça-feira

Helio de Freitas, de Dourados | 03/01/2023 09:10
Ilson Portela (de boné) no momento em que reassumia mandato na Câmara (Foto: Hosana de Lourdes/TudodoMS)
Ilson Portela (de boné) no momento em que reassumia mandato na Câmara (Foto: Hosana de Lourdes/TudodoMS)

O vereador Ilson Portela, (União Brasil), o “Catito”, reassumiu na manhã de hoje (3) a sua cadeira na Câmara Municipal de Maracaju, cidade a 159 km de Campo Grande.

Investigado no âmbito da Operação Dark Money acusado de receber mensalinho na administração do ex-prefeito Maurilio Azambuja (MDB), Catito foi um dos oito vereadores afastados pela Justiça no dia 7 de dezembro do ano passado.

O afastamento é válido por 30 dias e termina na sexta-feira (6). Entretanto, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) antecipou o retorno de Ilson Portela.

Em decisão provisória nesta segunda-feira (2), o desembargador Sidenei Soncini Pimentel concedeu habeas corpus o afastamento do mandato e a proibição de “Catito” de ter acesso à sede do Legislativo.

O desembargador também suspendeu todas as demais medidas cautelares contra o vereador – proibição de se ausentar da comarca sem autorização, quebra do sigilo telefônico e indisponibilidade dos bens.

Sidenei Soncini Pimentel mandou devolver as duas caminhonetes Toyota Hilux apreendidas no dia da operação. O desembargador acatou argumento da defesa de que os veículos são imprescindíveis para o trabalho de Ilson Portela e de seu filho, para cuidar das lavouras que mantêm nos municípios de Dourados e Aquidauana.

Pimentel considerou o afastamento injustificável. No seu entendimento, o afastamento e as demais medidas cautelares representaram restrições “severas e desproporcionais”, sem demonstração de indícios suficientes da participação do vereador no esquema.

Sete vereadores continuam afastados - Robert Ziemann e Laudo Sorrilha do PSDB; Ludimar Portela (“Nego do Povo”), Joaozinho Rocha, Hélio Albarello e Antonio João Marcal de Souza (“Nenê da Vista Alegre”) do MDB, e Jefferson Lopes (União Brasil).

Os oito vereadores e três ex-vereadores que não conseguiram se reeleger em 2020 (Vergilio da Banca, Adriano da Silva Rodrigues, o “Professor Dada”, e Toton Pradence) foram alvos da fase “mensalinho” da Operação Dark Money.

Deflagrada pela primeira vez em setembro de 2021 pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), a operação investiga esquema milionário de corrupção na gestão de Maurilio Azambuja (2017 a 2020).

Essa nova fase identificou pagamento de propina a vereadores de dezembro 2019 a novembro de 2020. Segundo o Dracco, as propinas eram pagas por ordem de Maurilio Azambuja, com anuência de outros servidores e integrantes da gestão municipal, e tinham como objetivo afrouxar a fiscalização das contas da prefeitura pela Câmara, além de aprovar projetos de interesse da prefeitura.

Nos siga no Google Notícias