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Interior

Juiz manda Polícia Militar reassumir presídio e cidade fica sem policiamento

Polícia ainda não se manifestou, mas reportagem apurou que policiais foram retirados das ruas para cumprir decisão

Helio de Freitas, de Dourados | 12/12/2020 11:15
Policial militar em torre de vigilância da PED neste sábado (Foto: Direto das Ruas)
Policial militar em torre de vigilância da PED neste sábado (Foto: Direto das Ruas)

Por determinação judicial, a Polícia Militar reassumiu na noite desta sexta-feira (11) a segurança externa da PED (Penitenciária Estadual de Dourados). A decisão do juiz Marcus Vinícius de Oliveira Elias foi expedida no início da noite de ontem para ser cumprida dentro de 24 horas, mas imediatamente o comando da PM deslocou os policiais para o presídio, o maior de Mato Grosso do Sul com 2.700 presos.

A medida foi adotada uma semana após a corporação retirar os policiais das torres de vigilância para reforçar o policiamento nas ruas da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. O caso foi mostrado em primeira mão pelo Campo Grande News no dia 4 deste mês.

No despacho, o juiz cita que o Cope (Comando de Operações Penitenciárias) de Dourados, formado por agentes penitenciários, ainda não está estruturado para a segurança externa e escolta dos presos.

Marcus Vinícius de Oliveira Elias também afirma que a manutenção de uma viatura para rondas no entorno do presídio “se mostrou insuficiente, conforme demonstra a fuga de um interno ocorrida em 6.12.2020”. A ordem judicial foi direcionada ao comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar em Dourados, tenente-coronel Helbert Davyson Romeiro de Souza.

Sem polícia nas ruas – A Polícia Militar ainda não se manifestou oficialmente sobre a determinação judicial, mas o Campo Grande News apurou que homens foram retirados do policiamento ostensivo nas ruas para cumprir a ordem. São pelo menos 15 policiais destacados todos os dias para cuidar do presídio.

Entre os PMs o descontentamento é grande. Ouvidos pela reportagem na condição de anonimato, policiais douradenses não esconderam o descontentamento com a decisão judicial e reclamam principalmente da falta de providências para colocar em atividade o Comando de Operações Penitenciárias, atribuição da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).

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