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Interior

Juíza mantém prisão de tenentes da Marinha e autoriza remoção para o Rio

Helio de Freitas, de Dourados | 13/12/2017 13:10
Armas encontradas com três tenentes da Marinha, lotados no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)
Armas encontradas com três tenentes da Marinha, lotados no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)

A juíza federal Ana Lúcia Petri Betto manteve a prisão em flagrante dos três tenentes da Marinha do Brasil, flagrados na noite de sexta-feira (8) em Rio Brilhante, a 160 km de Campo Grande, com armas e munições compradas ilegalmente no Paraguai. Os três alegaram terem comprado as armas para defesa pessoal, em função de ameaças sofridas no Rio de Janeiro, onde moram.

Ivan Passos da Cruz, 29, Clércio Gondim Da Silva Júnior, 28, e André Luis Nascimento Fragoso, 28, foram presos pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) viajando em um ônibus que faz a linha entre Ponta Porã e São Paulo, mas tinham como destino a cidade do Rio, onde são lotados.

Na audiência de custódia, realizada segunda-feira (11) na 2ª Vara Federal em Dourados, a magistrada afirmou que permanecem presentes os requisitos que levaram à prisão cautelar dos oficiais da Marinha e manteve a prisão preventiva dos três acusados.

Ela também não se opôs à transferência deles para estabelecimento prisional da Marinha no Rio de Janeiro, como propôs o Ministério Público Federal, desde que haja vaga disponível. No sábado (9), os três foram levados para o quartel do Exército em Dourados.

A prisão – Ao serem abordados pelos policiais rodoviários federais durante vistoria no ônibus, na BR-163, por volta de 19h de sexta-feira, Ivan da Cruz, Clércio Júnior e André Fragoso se identificaram como oficiais da Marinha e apenas um deles admitiu estar armado.

Entretanto, como o tenente não tinha registro da arma, os policiais rodoviários fizeram uma vistoria nas bagagens de mão e revista pessoal. Na cintura do segundo oficial foi encontrada outra pistola. O terceiro tentou esconder a pistola desmontada no assento do ônibus, mas foi descoberto.

Arsenal - Além das três pistolas 9 milímetros marca Clock (fabricada na Áustria) com numeração raspada, os policiais aprenderam com os tenentes oito carregadores, duas espingardas marca Boito calibre 12, também com número de série raspado, 260 munições calibre 12, 100 munições calibre 40 Winchester, 900 munições calibre 9 milímetros, dois coldres para pistola, um case para arma longa, uma bandoleira, duas placas balísticas para colete e quatro acessórios para calibre 12.

Levados para a delegacia da Polícia Federal em Dourados, os três foram autuados em flagrante por tráfico internacional de arma de fogo e associação criminosa.

O procedimento foi acompanhado por um tenente-coronel do Exército, após a PRF entrar em contato com o 6º Distrito Naval, em Ladário (MS). Depois foram levados para o quartel do Exército em Dourados, onde continuam presos à espera de remoção para o presídio da Marinha no Rio de Janeiro.

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