Justiça autoriza que manutenção seja retomada na Estrada Parque
Empresários e produtores rurais com apoio do Sindicato Rural de Corumbá, distante 419 km de Campo Grande, conseguiram ontem (23), por meio de autorização judicial, a retomada dos serviços de manutenção da estrada MS-184, um dos trechos da Estrada Parque, localizada no Pantanal sul-mato-grossense. A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) é responsável pela manutenção da rodovia.
A reportagem do Campo Grande News noticiada no dia 28 de janeiro deste ano, mostrou a situação da estrada e como os empresários e produtores estavam sendo prejudicados com a precariedade da rodovia, devido a dificuldade no acesso ao local, visitado por milhares de turistas anualmente.
A manutenção havia sido suspensa no ano passado a pedido do Ministério Público, que investiga desvios de recursos públicos em contratos de cascalhamento da estrada. A falta de manutenção estava gerando prejuizos aos empresários e produtores locais.
As fortes chuvas que caem no Pantanal da Nhecolândia e a falta de reparos permanentes tornaram a MS-184 intransitável, prejudicando a retirada do gado de áreas alagadas por caminhões. As águas baixaram ao longo do leito da via, de 44 km, do Buraco da Piranha a Curva do Leque, onde se interliga a MS-228 , mas os atoleiros e buracos impedem o tráfego, prejudicando também o turismo.
Justiça - No início de 2015, um grupo de produtores procurou a Agesul para reclamar da situação da estrada. A nova gestão pesquisou sobre o assunto e viu que em 2014 foram feitas obras de encascalhamento na via, que inclusive foi 100% paga por uma empreiteira contratada pelo governo passado.
A Agesul então decidiu fazer uma auditoria na Estrada e concluiu que a empresa paga não executou o serviço conforme estava no contrato, por isso haviam os problemas. Neste momento, a Estrada virou alvo de investigação da Operação Lama Asfáltica.
Em novembro de 2015, começou a ser investigado o desvio de R$ 2,9 milhões pela recuperação da MS-228 e os advogados dos réus na investigação passaram a contestar o laudo da Agesul. Devido ao impasse, veio a determinação do Ministério Público.
De lá para cá a chuva piorou a estrada, aumentando o barro, os buracos e claro, a reclamação dos empresários. Para tentar resolver a situação, a Agesul entrou com pedido na Justiça de Ponderação Antecipada de Provas, pedindo para fazer a manutenção nos pontos críticos, a princípio.