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Interior

Justiça paraguaia mantém na prisão doleiro do “Clã Garcia Morinigo”

Julio César Duarte Servian foi preso em 2020 na Operação Status junto com chefes do esquema de tráfico

Helio de Freitas, de Dourados | 16/09/2022 16:12
Julio César Duarte Servian no dia em que foi preso na fronteira com MS (Foto: Jornal Hoy)
Julio César Duarte Servian no dia em que foi preso na fronteira com MS (Foto: Jornal Hoy)

A Justiça do Paraguai decidiu nesta sexta-feira (16) que o doleiro Julio César Duarte Servian vai continuar atrás das grades. Ele foi preso em setembro de 2020 no âmbito da Operação Status, que desmantelou o chamado “Clã Garcia Morinigo”, acusado de tráfico de drogas na fronteira com Mato Grosso do Sul.

Preso em Pedro Juan Caballero, Servian é dono de duas casas de câmbio que faziam a movimentação financeira da quadrilha e sócio em loja de material de construção, também usada na lavagem do dinheiro. Segundo a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), ele seria o operador financeiro da organização.

Em audiência hoje, o Tribunal de Sentença do Paraguai negou recurso apresentado pela defesa e decidiu manter o doleiro preso. Seus advogados alegaram que ele já cumpriu o tempo mínimo de cadeia e poderia ser beneficiado com prisão domiciliar.

Entretanto, os juízes Víctor Alferi, Gloria Hermosa e Alba González negaram a concessão de medidas alternativas à prisão pelo fato de Servian ser considerado perigoso e devido ao risco de fuga.

Além de Julio Servian, o Ministério Público denunciou como responsáveis pela lavagem de dinheiro do clã da droga os paraguaios Isaura Sánchez Freitas, Robson Lourival Alcaraz Ajala e Noelia Giménez. Os dois últimos seguem foragidos.

Segundo a Polícia Federal brasileira e a Senad, o líder da quadrilha era o sul-mato-grossense Emídio Morinigo Ximenes, 65, e os filhos dele Jefferson Garcia Morinigo 43, e Kleber Garcia Morinigo, 35.

Os três brasileiros teriam se mudado em 2020 para Pedro Juan Caballero, cidade vizinha a Ponta Porã (MS), depois de perderem grande carga de droga e desconfiarem que estavam sendo investigados.

Presos em Pedro Juan Caballero na operação de 2020, eles foram expulsos e entregues à polícia brasileira. Em setembro de 2021, o TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região revogou a prisão de Emidio Morinigo. Os filhos dele continuam presos no Presídio Federal de Mossoró (RN).

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