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Interior

Mãe que enterrou filha viva vai a júri por homicídio triplamente qualificado

A mulher está presa em Corumbá e a data do julgamento ainda não foi marcada

Viviane Oliveira | 14/04/2021 12:22
À época caso foi investigado pela Delegacia de Polícia Civil do município (Foto: divulgação)
À época caso foi investigado pela Delegacia de Polícia Civil do município (Foto: divulgação)

A mulher de 30 anos, presa desde o dia 21 de março do ano passado por matar a própria filha de 10 anos, vai a júri popular por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de corrupção de menores. A data do julgamento ainda não foi marcada.

À época, o irmão da vítima, de 13 anos, foi apreendido por participação no crime. Ele confessou que ajudou a mãe a matar a irmã e que ela foi enterrada viva de ponta cabeça, na região do lixão da cidade. O caso aconteceu em Brasilândia, distante 355 quilômetros de Campo Grande.

Na delegacia de Polícia Civil da cidade, acompanhado pela conselheira tutelar, ele disse que após a menina ser enfocada, a mãe ordenou que ele ajudasse a ocultar o corpo. A criança foi colocada de cabeça para baixo num buraco, mas ainda assim estava viva e pediu socorro.

A polícia soube do caso pela própria mãe. Depois de ir três vezes ao local do crime para constatar se a filha estava morta, a mulher procurou a delegacia de Polícia Civil e disse que a menina havia desaparecido após ter sido deixada por ela numa praça com o irmão. Horas depois, ligou para a Polícia Militar e contou que havia matado a criança e queria se entregar. Segundo a Polícia Civil, na ocasião, a mãe contou que matou a menina porque ela acusava o padrasto de abuso sexual.

No ano passado, a Defensoria Pública que cuida do caso entrou com pedido de incidente de insanidade mental na Justiça. O juiz Rogério Ursi Ventura, que cuida do caso, negou em 1ª instância por entender que não havia indícios suficientes que justificassem a instauração do incidente.

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