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Interior

Mansão alvo de operação contra “doleiro dos doleiros” volta a ser vasculhada

Viatura da Polícia Federal amanheceu em frente a imóvel de luxo no Centro de Ponta Porã

Aline dos Santos e Helio de Freitas, de Dourados | 11/05/2023 08:26
Viatura da Polícia Federal em frente à mansão em Ponta Porã. (Foto: Direto das Ruas)
Viatura da Polícia Federal em frente à mansão em Ponta Porã. (Foto: Direto das Ruas)

A mansão do pecuarista Antônio Joaquim da Mota, no Centro de Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, voltou a ser alvo da PF (Polícia Federal) na manhã desta quinta-feira (dia 11). A viatura estacionada em frente ao imóvel na Avenida Brasil repete cena de 19 de novembro de 2019, quando ele foi preso na operação Patrón, etapa da Lava Jato que mirou Dario Messer, o “doleiro dos doleiros”.

Na ocasião, a família Mota era dona de empresas no Paraguai, com imóveis em Ponta Porã e Pedro Juan Caballero. Conforme apurado pela reportagem, a operação de hoje é a Helix, que cumpre 10 mandados em quatro cidades de MS: Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e São Gabriel do Oeste. Em Ponta Porã, imóvel na Avenida Brasil está na lista dos cinco endereços que receberam equipes policiais.

A ação combate organização criminosa que traz toneladas de cocaína do Paraguai para o Brasil. Além dos tradicionais caminhões, a logística incluía helicópteros.

Durante a investigação, foram apreendidas nove aeronaves e 2.750 quilos de cocaína, droga com um dos maiores valores no mercado do tráfico. Por suspeita de lavagem de dinheiro, a Justiça bloqueou bens que somam R$ 30 milhões: automóveis helicópteros e imóvel. Também houve boqueio de dinheiro em contas de pessoas físicas e empresas.

Em 2019, Polícia Federal também foi à mansão, mas na operação Patrón.  (Foto: Porã News)
Em 2019, Polícia Federal também foi à mansão, mas na operação Patrón.  (Foto: Porã News)

A operação Helix cumpre 43 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais. A ação é liderada pela PF de Londrina.

O nome é alusivo ao modo de agir da organização criminosa, que utilizava de helicópteros para a introdução da droga em território nacional. Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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