Matador parou ao lado de vigia no semáforo e disparou 20 tiros de pistola
Uma das linhas de investigação é de que Gilmar tenha sido morto por engano; ele tem irmão gêmeo
O pistoleiro que executou o servidor público municipal Gilmar Alfonso Canofe, 36, hoje (19), em Ponta Porã (a 323 km de Campo Grande), também estava de moto e parou ao lado da vítima para disparar os tiros fatais.
Segundo dados já apurados pela polícia, Gilmar tinha saído do local onde trabalhava de vigia – a Escola Conceição Capiberibe Saldanha, no Residencial Emílio de Andrade – e seguia pela Rua Antônio João em uma moto estrangeira marca Kenton, semelhante à Honda Biz.
No cruzamento com a Rua Guia Lopes, ele parou no semáforo e o pistoleiro parou ao lado e começou a atirar. A execução ocorreu em frente à sede da Prefeitura de Ponta Porã, em ponto de grande movimento.
Peritos da Polícia Civil recolheram 20 cápsulas deflagradas de pistola 9 milímetros e seis projéteis deflagrados. Gilmar caiu com as pernas sob a moto e morreu no local. O atirador fugiu e ainda não foi localizado.
O SIG (Setor de Investigações Gerais) já começou a atuar no caso. Imagens de câmeras instaladas próximas ao local foram recolhidas para tentar identificar o criminoso.
Irmão gêmeo – O Campo Grande News apurou que uma das linhas de investigação da polícia é de que Gilmar tenha sido morto por engano. O alvo seria o irmão gêmeo dele, Gilberto. Entretanto, os policiais não descartam outras motivações.
Na fronteira, surgiram boatos de que os gêmeos teriam matado dois irmãos no Paraguai, há alguns anos e que o crime de hoje, seria vingança por essas mortes.
Entretanto, a reportagem apurou que Gilmar e Gilberto foram inocentados do crime em território paraguaio, após o verdadeiro autor ser preso. Contra eles, não existe nenhuma denúncia criminal.
Também surgiram boatos de que a moto pilotada por Gilmar seria do irmão dele, mas o veículo possui registro no Paraguai, em nome do vigia morto hoje. Gilberto também é vigilante patrimonial do município, aprovado no mesmo processo seletivo que o irmão, no ano passado.