Membro do PCC morre e família alega picada de aranha em presídio
Ademilson Marques Antunes morreu por choque anafilático e ferroada não foi confirmada, segundo Agepen
Considerado alto membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) e autor do livro “Da Cela ao Céu”, Ademilson Marques Antunes, 41 anos, morreu após ser picado por uma aranha dentro da PED (Penitenciária Estadual de Dourados), cidade a 251 quilômetros de Campo Grande. O caso aconteceu no dia 21 deste mês, mas só foi divulgado nesta quinta-feira (28).
O homem foi ferroado pela aranha enquanto dormia no dia 21, de acordo com o site Ponta Porã Informa. Segundo informações, ele chegou a acreditar que o ferimento se tratava de um furúnculo e procurou a enfermaria da penitenciária. Ele estava com muita dor e após ser medicado, foi levado para a cela.
Familiares alegaram que nenhum exame teria sido realizado em Ademilson que precisou ser encaminhado para UPA (Unidade de Pronto Atendimento) por três vezes. Mas foi levado para hospital apenas no domingo (24), quando já estava inconsciente e com o rosto bastante inchado. O homem acabou não resistindo e morreu na madrugada do dia 25 de dezembro.
A família alegou ainda que ficou sabendo do estado de saúde do detento apenas depois da morte. Ademilson estava escrevendo o livro “Da Cela ao Céu 2” e tinha condenações por tráfico de drogas e por participar de organização criminosa.
Ao Campo Grande News, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou que deu toda a assistência necessária a Ademilson. Segundo a pasta, a morte foi apontada pelo hospital como “natural por choque anafilático” e não há confirmação de que tenha sido causada por picada de aranha.
Prisão - Ademilson tem histórico criminal com mais de 50 anos de condenação e foi preso em maio deste ano durante uma operação realizada pelo SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil de Ponta Porã. Na ocasião, ele estava com mandado de prisão em aberto e foi encontrado em uma casa na fronteira com o Paraguai.
Ele chegou a tentar escapar, mas acabou perseguido e imobilizado pelos policiais. Ademilson chegou a ficar anos escondido em favelas do Rio de Janeiro, onde tinha fácil acesso. Ele também foi apontado com membro de alto cargo no PCC.
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