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Morto com 20 tiros de fuzil era réu por assassinato e 2 tentativas de homicídio

Cleiton Valdez Martinez foi denunciado por assassinato e tentativa de homicídio num clube de Caarapó, em março de 2016

Helio de Freitas, de Dourados | 27/12/2018 10:22
Local onde paulista morreu após tiros disparados durante briga, em março de 2016 (Foto: Caarapó News)
Local onde paulista morreu após tiros disparados durante briga, em março de 2016 (Foto: Caarapó News)

Executado com pelo menos 20 tiros de fuzil calibre 7,62 por dois pistoleiros encapuzados na noite de ontem (26) em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, Cleiton Gustavo Valdez Martinez, 21, era réu por um assassinato e duas tentativas de homicídio, ocorridos em 2016 na cidade de Caarapó.

Na noite de 16 de março daquele ano, Cleiton, seu amigo Carlos Augusto Gonçalves Martins e um menor de idade foram acusados de se envolverem em uma briga com outras pessoas no Clube Por do Sol.

Expulsos pelos seguranças, eles continuaram a briga do lado de fora. Em dado momento, vários tiros foram disparados na direção das outras pessoas. O paulista Cláudio Luiz da Silva, 39, que não tinha envolvimento na confusão, foi atingido no peito e morreu no local.

Dois homens que estavam na briga também foram alvos dos tiros. João Lucas de Oliveira Santos foi atingido na perna e Claudemir Freitas conseguiu se esconder atrás de um muro.

O adolescente confessou ter sido o autor dos tiros enquanto estava na carroceria de uma picape Saveiro prata conduzida por Cleiton. Os dois tentaram livrar Carlos da cena do crime, afirmando que ele já tinha deixado o local, mas o carro usado pelo trio pertencia à empresa para a qual Carlos trabalhava na época.

Carlos foi o único que ficou alguns meses preso, mas depois colocado em liberdade após a Justiça revogar sua prisão preventiva. Cleiton nunca foi encontrado pelos oficiais de Justiça para receber a intimação para as audiências de interrogatório.

Apesar de o adolescente confessar ser o autor dos tiros, no dia 26 de setembro deste ano a juíza Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira, da 1ª Vara de Caarapó, decidiu pronunciar Carlos e Cleiton para que sejam submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri.

De acordo com os autos, Carlos e Cleiton já moravam em Ponta Porã na época dos crimes e visitavam parentes em Caarapó quando foram ao clube, frequentado por jovens da cidade.

A execução - Cleiton Martinez foi executado por volta de 22h de ontem na Rua Guaíba, no Jardim Altos da Glória, em Ponta Porã. Ele estava no quintal de casa com o cunhado de 33 anos mexendo no som do seu veículo, quando dois homens encapuzados usando colete à prova de balas entraram e disseram ser policiais.

Usando armas longas, os dois atiradores dispararam pelo menos 20 tiros contra Cleiton. Testemunhas contaram que os autores estavam em um carro vermelho.

No local foram recolhidos 11 cartuchos deflagrados, quatro projéteis, um celular e uma carteira com documentos pessoais. O caso foi registrado na 2º Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã.

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