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Meio Ambiente

Pontos de alagamentos estão entre 2 córregos, o que complica a drenagem

Chuva intensa mostrou limitações na drenagem e reforçou o curso natural da água

Por Kamila Alcântara | 19/03/2025 17:28
Pontos de alagamentos estão entre 2 córregos, o que complica a drenagem
Desmoronamento do asfalto que passa pelo Lago do Amor (Foto: Osmar Veiga)

As regiões das avenidas Filinto Müller, Divisão e Guaicurus têm algo em comum: estão entre dois córregos que resistem ao avanço da urbanização e evidenciam que a água seguirá seu fluxo natural, com ou sem drenagem.

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As regiões das avenidas Filinto Müller, Divisão e Guaicurus em Campo Grande enfrentam alagamentos devido à proximidade com os córregos Bálsamo e Bandeira. A chuva intensa de 64,4 mm evidenciou a insuficiência da drenagem local, especialmente na Guaicurus, onde a tubulação não suportou o volume de água. O secretário de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, destacou a necessidade de melhorias no sistema de drenagem, com planos para interligar a Avenida da Divisão à Rua dos Gonçalves. A prefeitura aguarda licitação para iniciar as obras.

Os campo-grandenses enfrentaram diversos pontos de alagamento com a chuva desta terça-feira (18) na área do Anhanduizinho. Além do rio que dá nome à região, o Anhanduí, vários bairros margeiam dois afluentes importantes para a hidrografia local: os córregos Bálsamo e Bandeira.

O Bandeira nasce no cruzamento das avenidas Thyrson de Almeida e Georges Chaia, segue até a represa do Lago do Amor, passa pelo Rádio Clube Campo e deságua na região da Três Barras.

Já o Bálsamo é um braço do córrego Lageado. Ele se forma próximo à Avenida Evelina Figueiredo Selingardi, divide-se no Jardim Radialista e segue de forma independente até o Rita Vieira, passando pela Avenida Guaicurus.

Durante as três horas de chuva, com volume de 64,4 milímetros — quase metade da média esperada para todo o mês —, a água precisou escoar até esses afluentes. O que ficou evidente foi que a estrutura de drenagem não suportou a demanda.

Pontos de alagamentos estão entre 2 córregos, o que complica a drenagem
Ferramenta Sisgran, desenvolvida pela Planurb, mostra todos os recursos hídricos de Campo Grande (Foto: Reprodução)

"Com relação ao alagamento na Guaicurus, constatamos que a tubulação que atravessa o Bálsamo não foi suficiente para uma chuva torrencial como a de ontem. A capacidade não suportou o volume de água, causando o transbordamento", explicou Marcelo Miglioli, secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos de Campo Grande.

O mesmo problema persiste há anos na Avenida da Divisão, entre os córregos Bálsamo e Bandeira, na altura dos condomínios habitacionais. A água se acumula, e a gestão municipal aguarda um processo licitatório para resolver a situação.

Segundo Miglioli, a prefeitura trabalha na formalização de um contrato para obras que devem interligar a via à Rua dos Gonçalves, além de outras melhorias no sistema de drenagem.

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