Motorista que teve camionete submersa diz que praticamente perdeu veículo
Caminhonete fica submersa após ponte improvisada sobre o Rio Negro ruir em rodovia estadual
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A travessia da Estrada Parque, no Pantanal de Corumbá, se tornou arriscada após uma caminhonete ficar submersa ao tentar cruzar uma ponte improvisada, em meio a chuvas intensas que causaram alagamentos. O motorista, Walker Diógenes Ricarte, criticou a falta de sinalização na estrada, que estava interditada, e relatou a dificuldade em encontrar ajuda, enfrentando ainda o medo de uma onça na região. O veículo pode ter sofrido danos irreparáveis, enquanto as autoridades locais informaram que as chuvas dificultam reparos na estrada e pedem cautela aos motoristas, sugerindo rotas alternativas até que uma nova ponte de concreto seja construída.
Atravessar a Estrada Parque, na região do Pantanal de Corumbá, virou uma aventura arriscada e potencialmente perigosa. Neste domingo (29), uma caminhonete ficou parcialmente submersa ao tentar cruzar uma ponte improvisada sobre o Rio Negro, na MS-228, trecho já interditado devido às intensas chuvas que castigam a região desde o último dia 24, com acumulados superiores a 100 milímetros.
Indignado, o motorista do veículo, Walker Diógenes Ricarte, zootecnista de 44 anos, relatou conversou com o Campo Grande News, denunciando a falta de sinalização no local. “Não fomos informados. Não tem nenhuma placa, tanto na entrada quanto na saída. Essa é a única vazante com água, as demais estão secas. Quando chegamos, mensuramos que dava para passar. Tracei a caminhonete, reduzi, mas, ao quase chegar do outro lado, o carro afogou. Por sorte conseguimos sair pelos vidros, com a água na altura do peito”, contou.
Walker estava acompanhado da namorada, uma fotógrafa de Mato Grosso, e planejava um passeio pela região. Segundo ele, a falta de informações sobre a situação da estrada foi determinante para o acidente. “Tinha que ter sinalização. Alegaram chuva, mas a região não está tão alagada assim. Essa vazante foi a única que pegou água devido às chuvas recentes”, explicou.
Após abandonar a caminhonete, o casal caminhou por mais de uma hora em busca de ajuda. “Passamos por duas caminhonetes, mas não pararam, talvez por medo de algum golpe. Só conseguimos socorro por volta das 17h30, quando uma caminhonete nos levou até a balsa. Ali encontramos abrigo, comida e internet”, relatou Walker.
A situação foi ainda mais tensa devido ao relato de moradores sobre a presença de uma onça faminta na região. “O balceiro disse que uma onça parida foi vista ali. Graças a Deus, conseguimos sair antes de qualquer problema maior”, comentou.
Sobre os danos ao veículo, Walker afirmou que ainda aguarda um diagnóstico completo, mas a oficina já indicou que há possibilidade de perda total. “Não sabemos se entrou água no motor ou danificou a parte elétrica. Pela avaliação preliminar, parece que a caminhonete não tem recuperação”, lamentou.
Interdição - A ponte improvisada, onde o incidente ocorreu, foi construída após a destruição da ponte original por incêndios que atingiram o Pantanal em junho deste ano. As chuvas recentes inundaram a região, tornando o tráfego inviável e perigoso.
A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) informou que as chuvas constantes impossibilitam a realização imediata de reparos na estrada. Equipes estão prontas para iniciar os trabalhos assim que as condições climáticas melhorarem. Enquanto isso, o Governo do Estado orienta os motoristas a evitarem a MS-228 e utilizarem a rota alternativa pela MS-184, que liga o Buraco das Piranhas ao Porto da Manga, passando pelo Passo do Lontra e a Curva do Leque.
A Agesul também destacou que o projeto para a construção de uma ponte de concreto, substituindo a estrutura de madeira destruída, está em fase de licitação. Enquanto isso, as autoridades pedem cautela aos motoristas e reforçam a necessidade de seguir as orientações de desvio para evitar novos incidentes.
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