MP quer suspensão de CNH de militar que matou no trânsito e pagamento de fiança
Evanir Garcia de Paula, de 55 anos, passa por audiência de custódia nesta tarde, mas defesa já pediu liberdade
Preso desde a noite de segunda-feira, dia 14, quando atropelou e matou mulher que fazia caminhada em ciclovia de Corumbá, Evanir Garcia de Paula, de 55 anos, militar da reserva da Marinha do Brasil, passará por audiência de custódia, que verifica a legalidade da prisão, na tarde de hoje. A defesa dele, contudo, já entrou com pedido de liberdade provisória.
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) concorda com a soltura, mas quer que a Justiça arbitre fiança e determine a suspensão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do militar. Além disso, o promotor Guilherme Pereira Diniz Penna pede que juiz determine medidas cautelares, como a obrigação de apresentação mensal em juízo e recolhimento domiciliar no período noturno e dias de folga, uma vez que Evanir tem cargo em comissão na Prefeitura de Corumbá.
A defesa alega que o cliente tem todos os pré-requisitos para responder processo em liberdade. É réu primário, tem residência e trabalho fixos, e não há qualquer indicativo que possa fugir ou atrapalhar as investigações.
O acidente - Cristiane do Carmo Alves Faria, de 39 anos, morreu atropelada pelo militar, que estava bêbado, conforme constatado por teste do bafômetro, na Avenida Rio Branco, em Corumbá. Ele conduzia uma caminhonete S10 branca, sentido Ladário/Corumbá, quando atingiu Cristiane e um homem de 38 anos, em frente à sede do Corpo de Bombeiros da cidade. As vítimas estavam caminhando.
Evanir foi preso por um sargento da Polícia Militar, que havia acabado de sair do trabalho e passava pela avenida, no momento do acidente. No local, o militar admitiu que havia acabado de sair de um sítio e havia ingerido bebidas alcoólicas, mas no interrogatório, ele preferiu o silêncio.
Equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e do Corpo de Bombeiros, tentaram reanimar a mulher, por cerca de uma hora, mas ela acabou morrendo no local, conforme o site Diário Corumbaense. Cristiane sofreu traumatismo craniano severo e algumas fraturas pelo corpo. Ela era dona da loja “Cris Artes” e deixou o marido e o filho, de 21 anos.