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Interior

Mulheres de presos protestam após cancelamento de visita em Dourados

Leonardo Rocha | 24/09/2017 09:22
Mulheres de presos protestam pelo cancelamento da visita em Penitenciária Estadual de Dourados (Foto: Adilson Domingos)
Mulheres de presos protestam pelo cancelamento da visita em Penitenciária Estadual de Dourados (Foto: Adilson Domingos)

Um grupo de mulheres de detentos está realizando protesto no pátio da Penitenciária Estadual de Dourados, nesta manhã (24), pelo cancelamento das visitas, em função da paralisação dos agentes penitenciários estaduais. Dentro do local também se houve "panelaço" dos presos em função da situação.

O grupo alega que na sexta-feira (22) quando foram levar pertences aos presos, a informação repassada era que teriam visitas, e somente ontem (23) a noite, no local, disseram que não havia certeza, sendo elas surpreendidas nesta manhã, quando iriam entrar no local.

Adriana de Oliveira, uma das representantes do grupo, disse que os presos estão revoltados e estão "quebrando" as coisas na cela, sendo que um até já saiu de ambulância com fratura na perna. Elas pedem que sejam liberadas às visitas, já que existem pessoas que vieram do Pará, Paraná e Campo Grande.

De acordo com apuração do Campo Grande News, existe previsão de reforço policial no local, para evitar maiores transtornos. De acordo com o grupo, os agentes penitenciários até o momento estão irredutíveis na liberação da visita.

O presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores Estaduais da Administração Penitenciária), André Luiz Santiago, disse que a paralisação vai continuar por 24 horas e que até o momento, ele não recebeu ainda a ordem judicial, teria impedido a realização desta paralisação e que se chegar tal documento, vai passar para o setor jurídico.

Ao contrário do que diz o sindicato, o diretor-presidente da Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário), Aud de Oliveira, afirma que a notificação já foi feita. “O oficial de Justiça já levou a notificação, tomamos todas as providências, se eles vão aderir a paralisação haverá consequência”, disse.

A categoria protesta principalmente por melhores salários, cumprimento do acordo referente ao reposicionamento de classe por tempo de serviço e a convocação dos formandos.

Com a paralisação seriam afetados o banho de sol; visitas; entrega de alimentação e objetos aos presos; liberação para trabalho; atendimento aos advogados; atendimento aos oficiais de justiça; liberação de presos dos regimes aberto e semiaberto para visitação em domicílios; assistências penais, educacionais, laborativas e religiosas. Atendimento à saúde só será em casos de urgência e emergência e recebimento de preso.

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