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Interior

Negado salvo-conduto a dono do Shopping China e defesa irá ao STJ

Felipe Cogorno Alvarez teve prisão decretada na nova fase da Operação Lava Jato, apontado como apoio logístico de doleiro

Silvia Frias | 25/11/2019 09:48
Empresário Felipe Cogorno teve prisão decretada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro (Foto/Divulgação)
Empresário Felipe Cogorno teve prisão decretada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro (Foto/Divulgação)

O TRF2 (Tribunal Regional Federal) indeferiu o pedido de habeas corpus ao empresário Felipe Cogorno Alvarez, diretor do Grupo Cogorno, administrador do Shopping China, no Paraguai. Alvarez é apontado de dar apoio logístico e financeiro para Dario Messer, o “doleiro dos doleiros”.

A prisão preventiva de Felipe Cogorno e mais sete paraguaios foi decretada no dia 19 de novembro pela Justiça Federal do Rio de Janeiro e ainda não foi cumprida.

A informação do indeferimento foi confirmada pelo advogado José Augusto Marcondes de Moura, um dos representantes do empresário, que havia entrado com habeas corpus contra o pedido de prisão preventiva determinado pela 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro.

O advogado considerou absurda a manutenção da prisão e diz que irá recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) até quarta-feira.

No HC indeferido, José Augusto e Roberto Santos da Costa Menin alegam que o inquérito policial é uma “uma colcha de retalhos na qual nenhum pedaço combina com o outro, um FRANKSTEIN em que nenhuma parte se encaixa, formando um corpo disforme e sem vida”.

Pela investigação, Cogorno teria prestado auxílio ao doleiro Najun Turner para ocultar US$ 500 mil que seriam entregues pela noiva de Dario Messer, Myra de Oliveira Athayde, em escritório de Assunção (PY).

Além de detalhes para ocultação do dinheiro em casas de câmbio do Paraguai por sugestão do empresário da fronteira, a PF identificou esquema de contrabando de pneus envolvendo o doleiro e Felipe Cogorno, segundo investigação policial.

A defesa nega as acusações, informando que houve contato do doleiro Najun Turner pedindo indicação de agência bancária no Paraguai, pois receberia US$ 500 mil de uma pessoa, dinheiro que seria levado pela namorada da pessoa não identificada em conversa de WhatsApp. Os advogados alegam que em nenhum momento foi informado que esta pessoa seria Dario Messer.

A Operação Patrón foi deflagrada no dia 19. O Campo Grande News apurou que o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, decretou a prisão do pecuarista de Ponta Porã Antonio Joaquim da Mota, da mulher dele Cecy Mendes Gonçalves da Mota e do filho do casal, Antonio Joaquim Mendes Gonçalves da Mota. A família Mota é tradicional em Ponta Porã, com forte atuação no ramo de pecuária e carne.

Policiais federais cumpriram os mandados na mansão da família Mota na Avenida Brasil, centro de Ponta Porã, no haras onde são criados cavalos de raça e na fazenda de Antonio da Mota, também no município de Ponta Porã.

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