ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEGUNDA  04    CAMPO GRANDE 26º

Interior

Pai de mulher morta pelo marido diz que não ficou surpreso com o crime

Por telefone, José contou que a filha, Regianni Araújo, 32 anos, era casada há mais de 10 anos com o policial militar

Viviane Oliveira | 07/10/2019 12:12
Regianni foi morta enquanto descansava no sofá da casa dos sogros (Foto: reprodução)
Regianni foi morta enquanto descansava no sofá da casa dos sogros (Foto: reprodução)

Um dia após enterrar a filha morta pelo policial militar ambiental Lúcio Roberto Queiroz da Silva, 36 anos, o caminhoneiro José Rodrigues Coutinho, 56 anos, disse que não ficou surpreso ao ser informado pelos familiares sobre o crime cometido pelo genro. “Ele era muito ciumento. Minha filha já teve que sair de um emprego por causa dele”, lamentou. Lúcio ainda não foi localizado e a Justiça já decretou a prisão temporária dele. 

O fato aconteceu na noite de sábado (6), em Paranaíba, distante 422 quilômetros de Campo Grande. Antes de atirar em Regianni, Lúcio invadiu uma casa e matou o suposto amante de sua mulher, o corretor de imóveis Fernando Enrique Freitas, 31 anos.

Por telefone, José contou que a filha, Regianni Araújo, 32 anos, era casada há mais de 10 anos com o policial militar e que ela já havia tentando se separar dele. “Apesar de não dar atenção para a família, ele era muito ciumento e não a deixava ficar sozinha em casa. Os filhos tinham que estar juntos com a mãe o tempo todo”, disse. A mulher deixou um filha de 15 anos, fruto do primeiro casamento, e um menino de 8 anos, filho do casal, que presenciou o crime. Ela trabalhava numa concessionária de veículos. Lúcio é lotado no posto da PMA (Polícia Militar Ambiental) no município de Aparecida do Taboado. Fernando deixou uma filha de 1 ano. 

Pistola usada no crime foi deixada pelo autor em cima da estante (Foto: reprodução)
Pistola usada no crime foi deixada pelo autor em cima da estante (Foto: reprodução)

Segundo José, no dia que ocorreu o duplo assassinato estava chegando de viagem quando recebeu a notícia. O crime aconteceu na casa dos pais de Lúcio. “Os pais dele estão derrotados. Eles se ajoelharam pedindo perdão pra gente. Não tenho o que falar deles. A família é muito gente boa e vai precisar da nossa ajuda, do nosso consolo também. Eles presenciaram minha filha sendo morta. O pai dele tentou evitar, desarmá-lo, mas não teve jeito. Só quero que ele (o policial) seja preso pelos crimes que cometeu”, desabafou.

Quanto ao suposto caso extraconjugal entre Regianni e Fernando, José disse que não conhecia o rapaz. Segundo ele, ficou sabendo apenas que Fernando fazia parte do grupo de pedal que a filha participava. “Minha filha não podia ter amizade com ninguém. Uma vez ele a fez sair de um emprego por ciúmes de um colega dela”, lembrou. Lúcio vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil, feminicídio e violência doméstica.

Duplo homicídio - O crime aconteceu por volta das 20h15 de sábado, depois que o policial recebeu prints de conversa trocadas em mensagem que seriam da esposa com um corretor de imóveis da cidade. O policial resolveu vasculhar o celular da mulher e não encontrou qualquer evidência de traição. Mesmo assim, saiu à procura do homem, que estava na casa da sogra. Ele atirou no tórax e nas costas de Fernando. No imóvel, foram encontrados cinco cápsulas de munição. 

Depois, o policial foi até a casa dos pais, onde a mulher estava deitada no sofá e a matou. O crime aconteceu na frente de várias pessoas, inclusive do filho do casal. O policial fugiu no carro do pai, um Fiat Siena branco (com placa OOL 3487) e até a manhã desta segunda-feira (7) não havia sido localizado. 

Nos siga no Google Notícias