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Interior

Paraguai anuncia morte de terrorista, mas não confirma identidade

Apenas um dos abatidos por militares na região de fronteira foi oficialmente reconhecido

Helio de Freitas, de Dourados | 03/08/2021 09:05
Local onde guerrilheiros foram mortos por militares, domingo à noite. (Foto: Diário Hoy)
Local onde guerrilheiros foram mortos por militares, domingo à noite. (Foto: Diário Hoy)

O Ministério Público do Paraguai ainda não conseguiu confirmar a identidade de um dos dois guerrilheiros abatidos em confronto com militares na noite de domingo (1º), na região de Horqueta, a 170 quilômetros de Ponta Porã (MS).

No mesmo dia das mortes, o promotor Federico Delfino anunciou que os mortos eram Alcides Mereles Carballo, 29, e Alejandro Antonio Ramos Ramirez, 22, membros do EML (Exército de Mariscal López). Alejandro seria filho do fundador do grupo, Alejandro Ramos Morel, o “Tenente Joel”.

Entretanto, a autopsia confirmou apenas a identidade de Alcides Carballo. O outro morto continua identificado apenas como “NN”, já que através das impressões digitais, não foi possível encontrar registro da entidade no sistema nacional.

O médico forense Pablo Lemir disse que outras técnicas ainda serão utilizadas, mas demonstrou ter poucas esperanças de confirmação. Outra saída, seria o exame de DNA, mas para isso, os familiares de Alejandro teriam de fornecer material genético para a comparação.

Nesta segunda-feira (2), o comissário Nimio Cardozo, chefe do departamento antissequestro da Polícia Nacional afirmou que o “Tenente Joel” e sua mulher, Lourdes Teresita Ramos Ramírez, obrigaram os filhos ainda adolescentes a fazerem parte do grupo armado. A denúncia teria sido feita pela avó das crianças.

Foi em 2013, que o casal teria procurado os filhos, que estavam sob os cuidados da avó, em Horqueta. Por isso, o rapaz não teria nem mesmo documento de identidade, segundo a polícia paraguaia.

“Conforme os dados da inteligência, o corpo é de Alejandro Ramos Ramírez”, afirmou o promotor. Ele pediu aos familiares que procurem as autoridades na capital, Asunción, para tentar confirmar a identidade do rapaz.

O “Tenente Joel”, pai de Alejandro, foi expulso em 2015 do EPP (Exército do Povo Paraguaio), principal grupo guerrilheiro em atividade na região norte do Paraguai, e montou sua própria guerrilha.

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