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Interior

Passeata no dia de greve teve vaia a empresários e protesto contra bancos

Helio de Freitas, de Dourados | 11/11/2016 12:11
Manifestantes em frente a agências bancárias em Dourados (Foto: Helio de Freitas)
Manifestantes em frente a agências bancárias em Dourados (Foto: Helio de Freitas)
Passeata percorreu ruas da área central (Foto: Helio de Freitas)
Passeata percorreu ruas da área central (Foto: Helio de Freitas)

Um ato público em frente às agências bancárias do Itaú e Bradesco encerrou, por volta de 11h, o protesto do dia de greve geral em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande.

Representantes das entidades sindicais que organizaram a manifestação se revezaram no microfone do carro de som que acompanhou a passeata para criticar as medidas do governo “que sacrificam o trabalhador” e defenderam que a conta da crise seja cobrada dos bancos, “os que mais lucram neste país”.

A passeata percorreu vários quarteirões da área central de Dourados. Começou em frente à Praça Antonio João, na Rua João Cândido Câmara, seguiu pela Avenida Marcelino Pires até a Rua Antonio Emílio de Figueiredo, depois retornou pela Joaquim Teixeira Alves até a Rua João Rosa Góes.

Em frente à Aced (Associação Comercial e Empresarial de Dourados), Sindicalistas que usavam o microfone do carro de som lembraram que a entidade apoiou os atos contra a então presidente Dilma Roussef, em 2014 e 2015. Nesse momento, vários manifestantes vaiaram os representantes da associação.

Ensino médio – Alunos de escolas estaduais de Dourados também usaram o microfone para se manifestar durante a passeata e criticaram a proposta de reforma do ensino médio.

“Não vamos aceitar calados, vamos protestar, vamos para as ruas”, disse uma estudante de 17 anos, aluna da Escola Floriano Viegas Machado.

O cineasta e militante de esquerda Onildo Lopes disse que a PEC (proposta de emenda constitucional) que controla os gastos do governo retira direitos dos trabalhadores e não pode passar pelo Senado. “Temos que lutar contra”.

O vereador Elias Ishy, único petista reeleito para a Câmara de Dourados nas eleições deste ano, falou no encerramento do protesto e disse que o eleitor é responsável por todos os políticos que estão no poder.

“Temos que tomar a decisão certa na hora de votar, porque todos os deputados e senadores que lá estão foram eleitos pelo povo. Senão vamos passar a vida inteira protestando nas ruas”, afirmou.

Tucano - Durante o ato sobrou críticas até para o deputado federal Geraldo Resende (PSDB), que foi candidato a prefeito de Dourados no mês passado, mas perdeu para a vereadora Délia Razuk (PR).

“Tem deputado daqui que há poucos dias estava pedindo nosso voto como candidato a prefeito e agora está lá em Brasília votando contra os trabalhadores. Não vamos esquecer disso”, afirmou um dos manifestantes.

O dia de protestos, organizado pela Frente Nenhum Direito a Menos, termina às 14h, com uma aula pública em frente à unidade I da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), na área central, invadida desde quarta-feira à noite por 240 universitários.

Manifestantes passam em frente ao Fórum (Foto: Helio de Freitas)
Manifestantes passam em frente ao Fórum (Foto: Helio de Freitas)
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