Paulista ferido a tiros durante fuga da PM morre ao dar entrada em hospital
Um dos disparos atingiu a coluna de Gilson Ferreira dos Santos, que foi levado à hospital em Dourados
Gilson Ferreira dos Santos, preso após intensa perseguição policial na linha internacional entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, no Paraguai, morreu aos 44 anos durante o início da noite desta quinta-feira (5), em Dourados. Ele estava internado no Hospital da Vida desde o dia 28 de agosto, depois que uma bala atingiu a coluna.
Conforme apurado pela reportagem, o suspeito estava na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da unidade hospitalar e não resistiu aos ferimentos. Gilson estava acompanhado por Joelcio Marques de Souza, 59 de idade, quando foi preso.
Com extensa ficha criminal por vários crimes, entre os quais tráfico de drogas, associação criminosa e uso de documento falso, Gilson era procurado por três mandados de prisão expedidos pela Justiça de Mato Grosso do Sul.
Alertados sobre o caso, policiais militares que faziam rondas na Avenida Brasil visualizaram o Honda CRV e deram ordem de parada, mas o motorista fugiu em alta velocidade pela Avenida Internacional e retornou ao território paraguaio.
Durante a perseguição, os policiais perceberam que um dos ocupantes jogou objeto não identificado em local de pouca iluminação. Em alta velocidade, inclusive por lugares com aglomeração de pessoas, o carro seguiu em fuga.
Suspeitando se tratar de sequestro com reféns, os policiais pediram reforço e outras viaturas montaram barreira na rotatória na linha que divide os dois países. Mesmo com a passagem cercada, o condutor jogou a CRV na direção das viaturas, momento em que os policiais dispararam tiros na direção do veículo.
Com o carro ainda em fuga, uma das mulheres abriu a porta e pulou na calçada. Em seguida, o Honda bateu em um poste de energia e foi cercado. Um dos tiros acertou Gilson dos Santos no braço. Ele foi levado para o Hospital Regional de Ponta Porã e depois transferido para Dourados.
A ação envolveu policiais militares e equipes da Polícia Nacional paraguaia. Joelcio está detido no lado paraguaio mas deve ser formalmente expulso daquele país e entregue aos policiais brasileiros. Natural de Pernambuco, ele também estava sendo procurado pela Justiça. Os dois são oriundos de São Paulo e existe suspeita de serem integrantes de facção criminosa.
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