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Interior

Polícia arma “tocaia” e flagra chefe de cozinha furtando peças de picanha

O crime foi descoberto depois que o dono do lugar desconfiou a falta das peças desde o fim do ano passado

Guilherme Henri | 19/01/2019 20:47
Chefe de cozinha em delegacia de Bonito ao lado de peças de picanha apreendidas (Foto: Divulgação)
Chefe de cozinha em delegacia de Bonito ao lado de peças de picanha apreendidas (Foto: Divulgação)

O chefe de cozinha – que não teve o nome revelado pela polícia - foi flagrado pela polícia com peças de picanha furtadas do próprio restaurante em que trabalhava em Bonito – a 257 quilômetros de Campo Grande. O crime foi descoberto depois que o dono do lugar desconfiou a falta das peças desde o fim do ano passado. A polícia estima que o prejuízo dado pelo cozinheiro seja de R$ 13,5 mil.

Segundo divulgado pela Polícia Civil, após a desconfiança, o proprietário instalou câmeras no interior do restaurante. Pelas imagens, a polícia conseguiu descobrir que o chefe de cozinha tinha livre acesso à câmara fria do restaurante devido a sua posição de confiança. Após o expediente, o suspeito ia até a câmara fria e escondia as peças de carne em uma mochila, saindo discretamente sem ser notado.

O comerciante chamou a Polícia Civil e foi orientado a posicionar seu circuito de monitoramento para a entrada da câmera fria. Na noite da ultima quinta-feira (17), o funcionário bateu o ponto às 22h50 e foi em direção ao freezer com uma mochila nas costas aparentemente vazia, saindo do local minutos depois com a mochila cheia.

Flagrante - Na noite de ontem (19), a Polícia Civil esperou o suspeito na saída do restaurante e o abordou. O chefe de cozinha estava com sete peças de carne. Os furtos ocorridos apenas na noite de seu flagrante renderam ao restaurante um prejuízo avaliado em R$ 450.

Em seu interrogatório, o suspeito confessou ter furtado as carnes. Contou que trabalhava no estabelecimento há cerca de quatro anos, mas passou a realizar os furtos desde novembro de 2018. Afirmou ainda que chegou a comercializar as carnes, mas que na maioria das vezes realizava os furtos para consumo próprio.

Segundo o proprietário do estabelecimento comercial, o suspeito era um dos funcionários mais antigos da casa e tinha sua total confiança. “Ele fazia o controle de estoque de carne e pescados e nos informava o que precisaria comprar para a manutenção do estoque”, explicou. Além do profissionalismo, a vítima relatou que tinha um vínculo pessoal com o suspeito.

A polícia estima que o chefe de cozinha cometeu cerca de 30 furtos. No total, o prejuízo à vítima chega ao valor de R$13.500. Segundo o delegado responsável pelo caso, Gustavo Henriques Barros, o chefe de cozinha foi indiciado na noite de ontem pelo crime de furto qualificado pelo abuso de confiança e, caso seja condenado, pode pegar uma pena que varia de dois a oito anos de reclusão.

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