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Interior

Polícia pede previsão preventiva de garagistas por financiar o tráfico

Dois garagistas foram presos ontem, mas negam terem financiado traficantes; pena para o crime é de oito a 20 anos de prisão

Helio de Freitas, de Dourados | 16/05/2018 09:23
Os garagistas presos ontem no momento em que chegavam à delegacia (Foto: Adilson Domingos)
Os garagistas presos ontem no momento em que chegavam à delegacia (Foto: Adilson Domingos)

O delegado Rodolfo Daltro, chefe do SIG (Serviço de Investigações Gerais), pediu a prisão preventiva dos dois garagistas acusados de financiar o tráfico de drogas em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. Cláudio Rodrigues, 43, e Carlos Vieira de Aguiar Júnior, 39, donos de uma garagem localizada na Avenida Coronel Ponciano, foram presos ontem (15) e autuados em flagrante.

Cláudio foi autuado por financiar o tráfico de drogas e por porte ilegal de arma. No escritório da garagem foram encontradas uma pistola 9 milímetros e uma calibre 380. Outra pistola calibre 380 foi encontrada na casa dele. Carlos Júnior foi autuado por financiamento do tráfico, cuja peja varia de oito a 20 anos de prisão, segundo a polícia.

Os dois negam serem financiadores do tráfico e afirmam que a caminhonete S10 preta, pertencente a Thiago Henrique Benites Pádua, 32, encontrada na garagem, foi comprada por R$ 10 mil. O veículo vale de R$ 50 a mil a R$ 60 mil, segundo o delegado Rodolfo Daltro.

Thiago já estava sendo investigado pela Polícia Civil por ligação com o tráfico. Na manhã de ontem, os policiais encontraram 1.300 quilos de maconha na casa dele, no residencial Vival dos Ipês, região sul da cidade.

Questionado pelos policiais sobre a caminhonete – ele também tem um Prisma – Thiago confessou que tinha deixado a S10 com um garagista porque precisava de R$ 2 mil para completar o valor para comprar a maconha encontrada na casa.

Os donos da garagem estão sendo investigados por outros casos, já que são acusados de fazer o serviço de agiotagem, emprestando dinheiro a juros a várias pessoas para comprar droga. Como garantia, ficavam com veículos e se o empréstimo não fosse pago, vendiam os carros para recuperar o dinheiro. Já na casa de Carlos Júnior foram encontrados R$ 15 mil em dinheiro.

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