Polícia prende mulher que matou adolescente de 17 anos em "tribunal do crime"
Danielle Pereira foi julgada e morta pelo PCC por pertencer à facção rival
Ellen Nara Martins Romeiro, de 22 anos, foi presa nesta segunda-feira (06) pela Polícia Militar na cidade de Anastácio, a 122 quilômetros de Campo Grande. Ela estava foragida desde 2019, acusada de participar do "tribunal do crime", que levou Danielle Pereira de Magalhães, de 17 anos, à sentença de morte. A jovem foi encontrada com corte profundo no pescoço e perfurações de tiros em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande.
De acordo com a Polícia Militar, contra Ellen havia três mandados de prisão em aberto, um deles pela morte de Danielle. Ela foi presa no final da tarde de ontem, na Rua Luiza Dias Negrão, no Bairro Altos da Cidade, quando foi abordada pela PM. A mulher foi levada para delegacia de Aquidauana, onde se encontra à disposição da Justiça.
O caso - O corpo da adolescente foi encontrado por policiais da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Corumbá, em 2 de setembro de 2019, após denúncias de que um morro na região do loteamento servia como esconderijo para motociclistas roubadas e furtadas.
Com informações da possível localização do “depósito”, a polícia fez buscas e encontrou “trilheiros”, mas nenhuma motocicleta. No entanto, enquanto andavam por uma das trilhas, sentiram um cheiro forte vindo da mata e se depararam com um par de chinelos abandonado ao lado de duas garrafas e uma mancha de sangue.
A poucos metros, encontraram o corpo de Danielle, já em estado de decomposição. A vítima estava com um corte no pescoço e perfurações de tiro nas costas e no braço.
Dois dias depois do corpo ser encontrado, investigação policial levou três suspeitos para a prisão: André Benevides Chimenes, de 21 anos, Tuanny dos Santos, de 27 anos e Sebastião dos Santos Avelar, de 23. Já Ellen Nara e Flávio Elias Magalhães da Silva eram considerados foragidos. Não há informações se Flávio foi localizado pela polícia.
Morte - Danielle foi vista pela última vez no dia 27 de agosto, quando saiu de casa por volta das 18 horas. Segundo apurado pela polícia, ela foi julgada pelos integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) por ser simpatizante da facção criminosa rival, o CV (Comando Vermelho). Sentenciada à morte, foi levada ao local e assassinada.