Polícia recolhe armas de PM que matou colega e também da vítima
O delegado responsável pelo caso, Jackson Frederico Vale, enviou ofício para a PM solicitando o armamento para perícia
O delegado responsável pelas investigações do crime envolvendo dois policiais militares em Aquidauana, Jackson Frederico Vale enviou ofício para a Polícia Militar solicitando a entrega das armas usadas tanto pelo suspeito Izaque Leon Neves, de 33 anos, quanto pela vítima Jurandir Miranda, de 47 anos. A ideia é saber se houve troca de tiros entre os homens.
Conforme Vale, há uma certa "nebulosidade" nas investigações que só deve ser resolvida a partir da prisão de Izaque Leon e entrega das armas para a perícia. Dentre as principais dúvidas a se Miranda também atirou antes de ser morto por Leon.
"Eles [policiais militares] entendem que é um crime militar", comentou o delegado, explicando o motivo de as armas dos dois PMs terem sido recolhidas e ainda não entregues na delegacia.
O problema, segundo o delegado, é que só a Polícia Civil pode solicitar a perícia nestas armas. “Não tem como a PM periciar por isso se faz necessário esse ofício. A perícia é um órgão ligado à Polícia Civil”, detalhou.
Vale reforçou que um inquérito foi instaurado e a investigação segue normalmente. Ainda segundo ele, com o pedido de prisão preventiva feito contra Leon, a Justiça deve se manifestar também se este é ou não um caso de crime militar.
A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar para saber se o ofício foi recebido e será ou não atendido e aguarda resposta.
Entenda o caso - O policial militar ambiental Jurandir Miranda foi morto com cerca de 9 tiros, durante uma discussão com um outro policial militar, identificado como Izaque Leon, na noite desta quinta-feira (24) em um bar de Aquidauana, cidade a 135 quilômetros de Campo Grande. Izaque fugiu após os disparos e continua foragido.