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Interior

Polícia recolhe armas de PM que matou colega e também da vítima

O delegado responsável pelo caso, Jackson Frederico Vale, enviou ofício para a PM solicitando o armamento para perícia

Maressa Mendonça | 25/10/2019 14:54
Jurandir Miranda foi morto por outro policial militar em lanchonete de Aquidauana (Foto: Giselli Figueiredo)
Jurandir Miranda foi morto por outro policial militar em lanchonete de Aquidauana (Foto: Giselli Figueiredo)

O delegado responsável pelas investigações do crime envolvendo dois policiais militares em Aquidauana, Jackson Frederico Vale enviou ofício para a Polícia Militar solicitando a entrega das armas usadas tanto pelo suspeito Izaque Leon Neves, de 33 anos, quanto pela vítima Jurandir Miranda, de 47 anos. A ideia é saber se houve troca de tiros entre os homens.

Conforme Vale, há uma certa "nebulosidade" nas investigações que só deve ser resolvida a partir da prisão de Izaque Leon e entrega das armas para a perícia. Dentre as principais dúvidas a se Miranda também atirou antes de ser morto por Leon.

"Eles [policiais militares] entendem que é um crime militar", comentou o delegado, explicando o motivo de as armas dos dois PMs terem sido recolhidas e ainda não entregues na delegacia.

O problema, segundo o delegado, é que só a Polícia Civil pode solicitar a perícia nestas armas. “Não tem como a PM periciar por isso se faz necessário esse ofício. A perícia é um órgão ligado à Polícia Civil”, detalhou.

Vale reforçou que um inquérito foi instaurado e a investigação segue normalmente. Ainda segundo ele, com o pedido de prisão preventiva feito contra Leon, a Justiça deve se manifestar também se este é ou não um caso de crime militar.

A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar para saber se o ofício foi recebido e será ou não atendido e aguarda resposta.

Entenda o caso - O policial militar ambiental Jurandir Miranda foi morto com cerca de 9 tiros, durante uma discussão com um outro policial militar, identificado como Izaque Leon, na noite desta quinta-feira (24) em um bar de Aquidauana, cidade a 135 quilômetros de Campo Grande. Izaque fugiu após os disparos e continua foragido.

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