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Interior

Após atirar 6 vezes, policial tentou enforcar PM por ciúmes da ex-mulher

Crime aconteceu por volta das 21h30 de ontem (24), na Rua Campo Grande, no Bairro Ovídio Costa Dois

Viviane Oliveira | 25/10/2019 08:18
Izaque fugiu logo após o crime e está foragido (Foto: reprodução/Facebook)
Izaque fugiu logo após o crime e está foragido (Foto: reprodução/Facebook)

Mesmo depois de ter atirado seis vezes contra o colega de farda, o soldado da Polícia Militar Izaque Leon Neves, 33 anos, ainda tentou enforcar o cabo Jurandir Miranda, 47 anos, mas foi impedido por outro policial que passava pelo local no momento do crime.

O caso aconteceu por volta das 21h30 de ontem (24), na Rua Campo Grande, no Bairro Ovídio Costa Dois, em Aquidauana, distante 135 quilômetros da Capital. A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Regional da cidade, mas não resistiu.

Conforme boletim de ocorrência, Izaque estava sentado em frente a sua lanchonete, conhecida como Fênix, quando Jurandir se aproximou pilotando a motocicleta Yamaha/XTZ 125 branca, fez uma conversão na via e estacionou em frente ao estabelecimento. Izaque, então, se levantou da cadeira, sacou a pistola .40 e disparou contra a vítima que ainda estava em cima da moto.

Após ser atingido, Jurandir caiu na rua. Mesmo assim, Izaque continuou atirando e, na sequência ainda tentou enforcar o colega, mas foi impedido pelo policial militar Marcus Vinícius Cristaldo Barbosa, 25 anos, que passava pelo local.

Marcus desarmou o autor e tentou detê-lo, mas Izaque conseguiu escapar e fugir. A vítima foi socorrida, mas morreu pouco depois de dar entrada na unidade de saúde.

Jurandir era lotado na Polícia Militar Ambiental (Foto: reprodução/Facebook)
Jurandir era lotado na Polícia Militar Ambiental (Foto: reprodução/Facebook)

No local onde ocorreu o crime foram localizadas seis cápsulas deflagradas de pistola calibre .40 (arma utilizada pelas forças policiais).

O motivo do crime seria ciúmes. Jurandir namorava com a ex-mulher de Izaque, que não aceitava o fim do casamento. Segundo relatos de testemunhas à polícia, os dois já haviam discutido por diversas vezes e um ameaçado o outro. Ambos chegaram a sofrer punições militares por causa dessa situação. 

Izaque ainda não foi preso. Procurada pela Polícia Civil, a capitã Cleide Maria disse, conforme boletim de ocorrência, que caso o soldado seja capturado pela PM será apresentado na Corregedoria da Corporação em Campo Grande, pois segundo ela, se trata de um crime de competência militar.

O fato foi registrado como homicídio fútil e violência doméstica. As armas, tanto do suspeito quanto da vítima, não foram entregues na delegacia. 

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