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Esportes

A portas fechadas, filiados começam a decidir quem será o sucessor de Cezário

Ex-presidente Francisco Cezário de Oliveira ficou por 28 anos como mandatário do futebol de MS

Por Gabriel de Matos e Murilo Medeiros | 08/04/2025 12:10
A portas fechadas, filiados começam a decidir quem será o sucessor de Cezário
Representantes da FFMS e segurança em frente a sala de reunião (Foto: Marcos Maluf)

A eleição para a presidência da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) acontece a portas fechadas no Grand Park Hotel, em Campo Grande. Seis candidatos concorrem ao cargo, com propostas que enfatizam a transparência na gestão e o fortalecimento das categorias de base. Eles vão suceder o presidente destituído Francisco Cezário de Oliveira, que comandou o segundo pior futebol do país por 28 anos.

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A eleição para a presidência da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) ocorre a portas fechadas em Campo Grande, com seis candidatos disputando o cargo. Eles visam suceder Francisco Cezário, destituído após 28 anos de gestão. Entre os candidatos estão Américo Ferreira, André Baird, Cláudio Barbosa, Estevão Petrallás, Marcos Araújo e Paulo Telles, com propostas focadas em transparência e fortalecimento das categorias de base. A votação, que conta com 51 filiados aptos, definirá a nova liderança do futebol estadual. A eleição ocorre em meio a denúncias de interferência política e promessas de destinação de parte dos altos salários dos presidentes para o esporte local.

Os candidatos são: 

  • André Baird (presidente do Costa Rica);
  • Cláudio Barbosa (presidente do Comercial);
  • Estevão Petrallás (presidente interino da FFMS);
  • Marcos Araújo (presidente do Dourados);
  • Paulo Telles (ex-presidente do Cene);
  • Toni Vieira (ex-presidente do Operário).

Entre os eles, Marco Antônio de Araújo propõe investir nas categorias de base e melhorar a infraestrutura dos campos por meio de parcerias com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Paulo Sérgio Telles destaca a importância da transparência e profissionalização dos clubes, além de valorizar o futebol feminino. Toni Vieira foca na reconstrução do futebol estadual, oferecendo apoio administrativo e jurídico aos clubes e fortalecendo as bases.

A votação contará com a participação de 51 filiados aptos a votar, incluindo clubes e ligas esportivas do estado. O resultado definirá a nova liderança do futebol sul-mato-grossense para os próximos anos.

A portas fechadas, filiados começam a decidir quem será o sucessor de Cezário
Clubes da Série A tem peso 3, clubes da Série B peso 2 e restantes têm peso 1 (Foto: Divulgação)
A portas fechadas, filiados começam a decidir quem será o sucessor de Cezário
Representantes de clubes entrando na sala de reuniões (Foto: Marcos Maluf)

Expectativa para o pleito - O presidente da comissão eleitoral, Gilberto dos Santos, afirmou que a votação seguirá os mesmos moldes das edições anteriores, com previsão de tranquilidade. “Da mesma forma que as outras eleições, há sempre uma divergência de ideias, de posicionamentos. A gente crê que aqui também vai ter, mas vai ser tudo em paz. Até porque há muitos anos que não temos uma eleição tão democrática como essa, com seis candidatos”, declarou.

Antes da votação, cada candidato tem direito a 15 minutos para se manifestar. “A votação será rápida. O pessoal pega a cédula, assina, põe na urna e depois fazemos a contagem”, explicou Gilberto.

A portas fechadas, filiados começam a decidir quem será o sucessor de Cezário
Filiados e candidatos na área interna da sala de reuniões (Foto: Divulgação)

Entre os postulantes, o atual presidente do Costa Rica, André Baird, demonstrou otimismo. “A expectativa é muito positiva, mais ainda pelo fato de resolvermos esse embrólio que já vem desgastando os clubes e tirando a credibilidade da instituição. Eu viajei o Estado, conversei com os presidentes, falei dos meus projetos. Sou um homem de fé, trabalhador, e acredito que podemos colher frutos disso.”

Já o ex-presidente do Cene, Paulo Telles, denunciou possíveis interferências políticas no processo eleitoral. “Chego hoje aqui com um duplo sentimento: a alegria de ser votado e, ao mesmo tempo, frustração. Ontem se falou muito que presidentes estavam sendo coagidos a votar em certos candidatos, a mando do governador. Isso me indignou a ponto de eu protocolar uma denúncia-crime no Ministério Público para que investigue qualquer atitude que não seja legal e transparente”, disse.

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Candidato Paulo Telles em entrevista antes da assembleia (Foto: Marcos Maluf)

Toni Vieira, ex-presidente do Operário, adotou tom crítico em relação à condução do processo eleitoral. Segundo ele, não houve espaço para debate ou apresentação de propostas. “A minha candidatura é zero. Só estou aqui para dar o nome mesmo, porque é um processo que não é democrático. A gente vem aqui para participar da história do futebol e registrar os erros. Se você não tiver chance de avançar nas suas propostas, não vai colocar nada em prática”, afirmou.

Toni defendeu ainda a regionalização da federação como caminho para descentralizar as decisões. “Cada região teria uma central para atender melhor os clubes, especialmente nas categorias de base.”

A eleição tem 51 filiados aptos a votar, entre clubes e ligas esportivas. O novo presidente comandará a federação pelos próximos quatro anos, com o desafio de reestruturar o futebol estadual, ampliar a transparência na gestão e retomar a confiança de atletas, dirigentes e torcedores.

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Estevão Petrallás conversando com filiados antes da assembleia (Foto: Marcos Maluf)

Salário - Recentemente, a revista Piauí revelou um aumento nos salários dos presidentes das federações estaduais, passando para R$ 215 mil mensais. Em resposta, alguns candidatos à presidência da FFMS manifestaram a intenção de abrir mão de parte desse salário.

Paulo Sérgio Telles afirmou que destinaria 95% do valor para investimentos no esporte local. Marco Antônio de Araújo mencionou que ficaria com 20% do salário, direcionando o restante para as categorias de base. Toni Vieira declarou que utilizaria 70% do montante para fortalecer o Campeonato Estadual.

A eleição ocorre em um momento de transição para a FFMS. O ex-presidente Francisco Cezário foi destituído do cargo em outubro de 2024, após 28 anos à frente da entidade. Desde então, Estevão Petrallás atua como presidente interino e também é um dos candidatos no pleito atual.

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Estevão Petrallás na área interna da sala de reuniões (Foto: Divulgação)

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