Polícia suspeita de ladrões de gado ou guerrilheiros por ataque na fronteira
Policial foi abatido a tiros e outro ficou ferido em fazenda perto de Coronel Sapucaia
A Polícia Nacional do Paraguai suspeita que ladrões de gado ou até mesmo guerrilheiros do grupo terrorista EPP (Exército do Povo Paraguaio) tenham sido os autores do ataque a tiros que deixou um policial morto e outro ferido nesta quarta-feira (2) perto da fronteira com Mato Grosso do Sul.
Os dois agentes do Grupo Especial de Operações escoltavam, por ordem judicial, a proprietária da fazenda São Marcos II, localizada na Colônia Cruce Panadero, nos limites entre Karapaí e Capitán Bado, cidade paraguaia vizinha de Coronel Sapucaia (MS), a 400 km de Campo Grande.
A propriedade pertence à viúva do pecuarista brasileiro Aguinaldo Correa Lesme, executado em julho de 2019 aos 48 anos, em Capitán Bado. Os dois atiradores foram presos em flagrante.
O crime teria sido encomendado por Gerardo Sánchez, o “Kelaí”, filho de conhecido traficante da fronteira. A região tem forte atuação das quadrilhas de traficantes que aproveitaram áreas de bosque para cultivar maconha.
Após a morte, a viúva passou a receber ameaças e a Justiça do Paraguai determinou que a Polícia Nacional garantisse a segurança dela. Equipes da Polícia Nacional com apoio de helicóptero estão na região do ataque para tentar encontrar os atiradores.
Veja o vídeo:
Um caminhão usado para transporte de bois foi encontrado capotado, o que levantou a suspeita de que os atiradores fossem ladrões de gado. Entretanto, a polícia não descarta ataque do EPP, já que o grupo terrorista age naquela região do país.
O agente morto foi identificado Carlos Antonio Flores Melgarejo. Já o companheiro dele, Emilio Ramón Lugo Candia, foi socorrido primeiro ao hospital de Capitán Bado e depois transferido para Pedro Juan Caballero, mas deve ser levado ainda hoje para a capital Asunción.
“Segundo as informações, podem ser ladrões de gado ou traficantes. Os policiais estavam lá para cumprir a ordem judicial para cuidar da fazenda”, afirmou o comissário Alexander Méndez, chefe da Polícia Nacional em Capitán Bado, sem, no entanto, descartar participação do grupo terrorista, autor de assaltos e sequestros na região.