Possibilidade de tromba d’água e piora em alagamentos preocupa Coxim
Os alagamentos do rio Taquari que causam transtornos em Coxim podem se intensificar caso as chuvas se intensifiquem na região, e preocupam as autoridades de Coxim. O rio Taquari já subiu 5 metros e 10 centímetros acima do leito normal, e sobe 3 cm a cada 30 minutos.
A possibilidade de uma tromba d’água, como são popularmente chamadas as fortes chuvas que ocorrem em um curto período, geram preocupação na cidade, localizada a 260 quilômetros de Campo Grande, no norte do Estado.
Por enquanto, pelo menos 30 famílias já estão desabrigadas por causa dos alagamentos. Conforme o prefeito Aluízio São José (PSB), três delas não tinham para onde ir e já foram abrigadas em uma igreja da cidade, que pode receber mais pessoas caso seja necessário.
Além da chuva em Coxim, outro problema é a chuva nas cidades próximas a cabeceira do rio Taquari. As águas pluviais dessas cidades deságuam no rio, indo para Coxim, que fica em uma região coletora do rio.
Conforme Celino José de Oliveira, do departamento de Gestão de Obras e Serviços Públicos da Secretaria de Obras de Coxim, dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontavam que só no período da tarde, sem considerar o período anterior, choveu 33 mm em Alcinópolis e Figueirão, 15 mm em Camapuã e 20 mm em São Gabriel do Oeste.
Outra preocupação gira em torna da possibilidade de toda essa chuva atingir as cidades próximas, e também Coxim, em curto período. Celino explicou que ontem, choveu em Coxim 90 mm, mas como foi durante todo o dia, e não apenas num curto período, os efeitos foram amenizados. Hoje, a chuva ficou em torno de 20 e 25 mm.
Celino também explica que a previsão, conforme dados do Climatempo, é que chova moderadamente durante toda a noite na região, o que evitaria o solo e o rio de receber a grande quantidade de água de uma só vez que tanto preocupa.
O prefeito Aluízio São José comenta que as próximas horas são decisivas em Coxim. “Estamos bastante apreensivos. Estamos em alerta, monitorando o tempo na região e o rio. Caso a situação piore, estamos a postos e se necessário, decretar estado de emergência”, conta Aluízio, que acrescenta que a Defesa Civil e Forças Armadas também acompanham a situação.
Além disso, Aluízio explica que já existe planejamento médico e de assistência social. A cidade ainda não contabilizou os pontos alagados, mas boa parte está na avenida que beira o rio, a Presidente Vargas. “A margem do rio é toda urbanizada aqui, toda habitada”, finaliza.
(Colaborou Sidney Assis, de Coxim)