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Interior

Poucos professores aderem a greve e maioria das escolas funciona normalmente

Caroline Maldonado | 17/07/2014 13:15
Cartaz foi fixado na fachada da escola, mas diretora retirou (Foto: Ademir Almeida/Dourados Agora)
Cartaz foi fixado na fachada da escola, mas diretora retirou (Foto: Ademir Almeida/Dourados Agora)

A greve de servidores da educação de Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, não teve adesão da totalidade dos professores. Poucas escolas estavam com atividades paralisadas nesta manhã, de acordo com o jornal Dourados News. Segundo a reportagem a maioria das escolas tinha salas vazias, mas estava funcionando.

Alguns diretores reclamaram ao jornal que representantes sindicais pregaram cartazes da greve e informaram aos pais que chegavam que as escolas estavam fechadas. Em uma escola do bairro Jardim Água Boa, uma pessoa informou à reportagem que não havia aula. No entanto, ao ser procurada, a diretora da unidade negou a situação e ainda se surpreendeu ao ser informada de que havia cartazes de greve na porta, que foram retirados logo depois, de acordo com o Dourados News.

“Teve essa confusão aqui e retiramos os cartazes. O direito de entrar em greve ou não é de todos, e o direito dos pais trazerem seus filhos também. Funcionamos normalmente, ainda que a maioria dos pais, por conta das informações divididas sobre a paralisação, tenham preferido neste primeiro momento deixar seus filhos em casa. Alguns professores também não vieram por estarem em greve, mas os que aqui estiveram presentes desenvolveram suas atividades normais”, explicou ao jornal um diretor que preferiu não se identificar.

O presidente do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), João Vanderley Azevedo, disse ao jornal que a greve é um direito coletivo, mas com escolha individual por isso a adesão não é total. “Estamos mobilizados com o nosso movimento, e sabemos que greve pode ser considerada uma guerra, porque surgem informações e ações de todos os lados com a tentativa de dar fim à paralisação. Já recebemos ofício com ameaça de corte de ponto, por exemplo, e temos plena consciência de que não é uma manifestação fácil”, afirmou o presidente ao jornal.

Reivindicações – A categoria quer a implantação de uma política municipal de valorização que pague o piso nacional para 20 horas trabalhadas por semana. O Simted quer que o plano seja colocado em prática, gradualmente, em prazo de quatro anos. Em Campo Grande, servidores da educação já recebem o piso pelas 20 horas.

Em nota a imprensa hoje (17), a Prefeitura informou que oficializou ao sindicato, na terça-feira (15), uma proposta em que na folha de julho os professores terão reajuste de 8,32% e os administrativos 6,15%. Nas folhas de agosto, setembro e outubro, a prefeitura garante que vai repassar os valores relativos a abril, maio e junho.

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