Prefeito de Rio Brilhante é aconselhado por promotora a não gastar com carnaval
A promotora Rosalina Cruz Cavagnolli, recomendou ao prefeito de Rio Brilhante, Sdney Foroni, que não aplicou recursos públicos na organização do Carnaval de rua da cidade, diante dos problemas na saúde pública, com epidemia de dengue, ameaça de greve no hospital da cidade, onde os funcionários ainda não receberam o valor integral do 13º.
Nos últimos três anos o Carna Rio, como foi batizado, custou aos cofres públicos quase R$ 1 milhão, exatos, R$ 975 mil. O prefeito de Ivinhema, onde as chuvas provocaram muitos estragos, recebeu a mesma orientação por parte do promotor da cidade.
De acordo com a representante do Ministério Público Estadual , conforme o portal da transparência da Prefeitura, entre 2013 e 2015 houve investimento de R$ 928.120,00 (novecentos e vinte e oito mil, cento e vinte reais) no carnaval da cidade. “ A a realização do carnaval não configura interesse primário, mas mero interesse governamental, nem sempre identificado com o interesse da sociedade”, ponderou.
Segundo ela, somente no ano passado (2015), foram instaurados 133 procedimentos (notícias de fato, processos administrativos, etc.) junto à 1ª Promotoria de Justiça de Rio Brilhante, muitos deles com ação judicial de obrigação de fazer ajuizada, em razão de não atendimento à saúde dos munícipes no fornecimento de medicamentos, exames, consultas com especialistas, cirurgias, entre outros; sendo de conhecimento geral que a educação pública naquele Município carece de diversas melhorias, especialmente nas estruturas das escolas municipais.
Considerou por fim que admitir o raciocínio de que o carnaval constitua atividade cultural, bem como a priorização daquele em detrimento de outras manifestações artísticas, a exemplo da literatura, da música ou do teatro, consistiria em discriminação e afronta a tantas outras atividades culturais a serem apoiadas.