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Interior

Presidente da OAB-MS cobra agilidade da polícia sobre assassinato de advogado

Helio de Freitas, de Dourados | 29/10/2014 15:43
O advogado Márcio Alexandre foi morto durante suposta troca de tiros entre amigo dele e assaltantes (Foto: Sidney Bronka/94 FM)
O advogado Márcio Alexandre foi morto durante suposta troca de tiros entre amigo dele e assaltantes (Foto: Sidney Bronka/94 FM)

O presidente da seccional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Mato Grosso do Sul, Júlio Cesar Souza Rodrigues, está a caminho de Dourados, a 233 km de Campo Grande, para acompanhar as investigações sobre o assassinato do advogado Márcio Alexandre dos Santos, 32 anos, ocorrido na madrugada de sábado, durante suposta troca de tiros entre um amigo da vítima, que é policial federal, e assaltantes.

Ao Campo Grande News, Júlio César disse que hoje de manhã conversou com o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública Wantuir Jacini sobre o crime e este determinou que o delegado responsável pelo caso, Lupércio Degerone, receba o presidente e demais representantes da OAB.

“Queremos agilidade nas investigações e no laudo pericial e também que seja feita o mais rápido possível a reconstituição para o esclarecimento dos fatos. Foram oito tiros, a maioria nas costas, outro na nuca. Existem alguns questionamentos que precisam ser esclarecidos. Vamos conversar com o delegado e saber em que pé estão as investigações”, afirmou o presidente estadual da OAB.

A reunião será acompanhada também pelo presidente da subseção da OAB em Dourados Felipe Cazuo Azuma e pelo advogado Márcio Fortini, da Comissão de Direitos Humanos da entidade e responsável em acompanhar as investigações sobre a morte.

Márcio Alexandre foi assassinado quando teria parado para urinar, próximo ao cruzamento das ruas Albino Torraca e Ciro Melo, por volta de 4h da madrugada de sábado. Ele estava na companhia de um amigo, agente da Polícia Federal, que teria reagido ao assalto e trocado tiros com os bandidos.

Segundo depoimento próprio policial federal, que ainda não teve o nome divulgado, o advogado ficou no meio do fogo cruzado. Márcio foi atingido por oito tiros, na nuca, nos braços e cinco nas costas. A caminhonete de Márcio, uma Hilux SW4 de cor preta, placas EYQ-0411, foi levada pelos assaltantes e até agora não foi localizada.

Isaac Daniel Gonçalves Baptista, 22 anos, foi autuado em flagrante e teria confessado envolvimento no caso, mas disse que não estava armado no momento do assalto. Morador no Jardim Canaã I, periferia da cidade, ele contou aos policiais que estava com três amigos em um Gol quando o grupo passou pelo advogado e o policial federal. Os dois estavam fora do carro, urinando. Ele disse que tinha usado droga naquela noite.

Apesar de negar que sabia dos planos, Isaac disse que os outros ocupantes do carro decidiram assaltar os dois homens. Conforme a versão do acusado, ele ficou parado próximo ao Gol, desarmado, quando começou o tiroteio. Ferido com um tiro na barriga, o rapaz foi deixado pelos comparsas no Hospital do Coração e depois levado ao Hospital da Vida, onde passou por cirurgia para retirada da bala e está sendo vigiado por policiais.

Mesmo com a atitude do policial federal de reagir ao assalto, a caminhonete foi levada pelos assaltantes. Durante a fuga, eles ainda passaram como veículo sobre o corpo do advogado, que em 2012 foi candidato a vereador em Dourados, mas não conseguiu se eleger.

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