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Interior

Preso em MS, ex-prefeito paraguaio será julgado por narcotráfico

Ex-prefeito de Ypejhú, Vilmar Acosta, o Neneco, foi preso em Juti em 2015 e deportado; Paraguai aguarda decisão do STF brasileiro para julgá-lo também por narcotráfico

Helio de Freitas, de Dourados | 28/02/2019 09:59
Vilmar Acosta, o Neneco, está condenado a 39 anos por mandar matar jornalista paraguaio (Foto: ABC Color)
Vilmar Acosta, o Neneco, está condenado a 39 anos por mandar matar jornalista paraguaio (Foto: ABC Color)

Vilmar Acosta Marques, o Neneco, ex-prefeito de Ypejhú, cidade paraguaia vizinha de Paranhos (MS), vai ser julgado por narcotráfico pela justiça do Paraguai. entretanto, a medida ainda depende de autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) do Brasil.

Neneco já cumpre pena de 39 anos por ter mandado executar o jornalista Pablo Medina, autor de reportagens denunciando a ligação do político com o tráfico de maconha. A estudante Antonia Almada, estagiária de Medina, também foi morta na emboscada perto da Linha Internacional, em outubro de 2014.

Preso em 2015 no município de Juti (MS), Neneco tentou evitar sua extradição apresentando uma certidão de nascimento emitida no território brasileiro, mas o documento foi considerado falso.

O caso foi parar no STF (Supremo Tribunal Federal). No final de 2016, Neneco foi extraditado de Campo Grande para Assunção, onde foi condenado no ano passado e atualmente cumpre a pena no presídio de Tacumbú, em Assunción.

Ao jornal ABC Color, o juiz Carlos Martínez informou que a Procuradoria Geral do Brasil deu parecer favorável à extensão da extradição de Neneco para o julgamento por narcotráfico. A decisão de 2016 autorizou a extradição apenas para o julgamento por duplo homicídio.

De acordo com a polícia paraguaia, em outubro de 2014 foi encontrado um depósito de maconha na propriedade de Vilmar Acosta Marques em Ypejhú.

O juiz de Curuguaty, cidade localizada no departamento (estado) de Canindeyú, disse que o parecer do Ministério Público Federal brasileiro permite a investigação e condenação de Neneco por tráfico em território paraguaio.

Entretanto, o caso ainda depende de uma decisão final do STF. O processo aguarda para ser incluído na pauta da 2ª turma da Corte brasileira. A relatora é a ministra Cármen Lúcia.

Os irmãos de Neneco, Wilson Acosta Marques e Vidal Acosta Marques e um terceiro envolvido, Diego Antonio Candia Amarilla, também são investigados por narcotráfico na mesma ação contra o ex-político do Partido Colorado. Wilson Acosta Marques foi apontado como autor material do assassinato de Pablo Medina e Antonia Almada.

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