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Interior

Presos em entreposto trabalhavam para "barão da droga" na fronteira

Policiais da Defron foram atacados a tiros de fuzil por traficantes do outro lado da fronteira

Helio de Freitas, de Dourados | 18/05/2021 11:54
Homens de Felipe Escurra, o “Barão”, presos em Coronel Sapucaia (Foto: Adilson Domingos)
Homens de Felipe Escurra, o “Barão”, presos em Coronel Sapucaia (Foto: Adilson Domingos)

Dos cinco traficantes presos na noite de ontem (17) por policiais da Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira), três são apontados como homens de Felipe Escurra Rodríguez, o “Barão”.

O paraguaio é considerado atualmente o principal fornecedor de maconha na região de Capítán Bado, cidade vizinha de Coronel Sapucaia (MS), a 400 km de Campo Grande. Os outros dois presos estavam em um segundo entreposto de drogas, sem ligação com o primeiro.

O Campo Grande News apurou ainda na noite de ontem que logo após a Defron estourar o entreposto de “Barão” em Coronel Sapucaia, outros integrantes da quadrilha, do lado paraguaio, dispararam tiros de fuzil na direção dos agentes, que revidaram. Nenhum policial foi atingido.

No entreposto controlado pela quadrilha de Escurra Rodríguez, no bairro Vila Nova, foram presos Luciano Jara Balbuena, 28, Nelson Antonio Ajala Ruiz, 41, e Pablo Pana Zarza, 28. Com exceção de Pablo que tem dupla nacionalidade, os outros dois são paraguaios.

No entreposto onde estavam os três homens da quadrilha de “Barão” foram apreendidos 750 quilos de maconha e dois carros. A prisão ocorreu no momento em que carga de 300 quilos era preparada para ser enviada para Campo Grande.

Já no outro entreposto, na Vila Industrial, também em Coronel Sapucaia, foram presos José Estanislao Ramoa Berero, 37, e o sobrinho dele, Miguel Angel Barero, 18, os dois de nacionalidade paraguaia. Na casa foram encontrados 500 quilos de maconha e uma espingarda calibre 12. Esse entreposto seria de outro traficante da fronteira, sem ligação com Escurra.

Os cinco presos foram autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico. A Defron pediu a prisão preventiva alegando que em liberdade continuarão a abastecer com droga o mercado brasileiro.

Tio e sobrinhos presos em outro entreposto de maconha, ontem em Coronel Sapucaia (Foto:Adilson Domingos)
Tio e sobrinhos presos em outro entreposto de maconha, ontem em Coronel Sapucaia (Foto:Adilson Domingos)

Missão Cumprida – De acordo com o delegado Rodolfo Daltro, chefe da Defron, a Operação Missão Cumprida, ontem em Coronel Sapucaia, foi homenagem ao delegado de Polícia Civil Mikail Faria, morto em acidente automobilístico no dia 6 deste mês, quando voltava para Campo Grande.

Antes de ir para Campo Grande, onde havia assumido a recém-criada Deleagro (Delegacia Especializada de Combate à Crimes Rurais e Abigeato), Mikaill atuou em Amambai, cidade a 40 km de Coronel Sapucaia, e em Ponta Porã, onde foi delegado regional adjunto.

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