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Interior

Professores da UFGD decidem sexta se vão aderir à greve contra o governo

São pelo menos 600 docentes e dez mil estudantes na UFGD, maior universidade pública do interior de Mato Grosso do Sul

Helio de Freitas, de Dourados | 23/11/2016 07:48
Professores da UFGD vão decidir sexta se aderem ou não à greve (Foto: Divulgação)
Professores da UFGD vão decidir sexta se aderem ou não à greve (Foto: Divulgação)

Os 600 docentes da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) decidem sexta-feira (25) se vão aderir ou não à greve nacional de professores universitários, que começa amanhã em pelo menos 27 instituições de ensino superior do país.

A paralisação, convocada pelo Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), é contra medidas do governo Michel Temer, principalmente a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 55, que limita os gastos públicos, e a reforma do ensino médio.

De acordo com Fábio Perboni, presidente da Associação dos Docentes da UFGD, na sexta-feira não haverá aula na maior universidade pública do interior de Mato Grosso do Sul, onde estudam pelo menos dez mil universitários.

De acordo com a Andes, a paralisação nacional começa amanhã com a instalação, em Brasília (DF), do Comando Nacional de Greve (CNG). Caso a decisão dos docentes da UFGD seja pela adesão, a greve começa segunda-feira, dia 28.

O sindicato nacional informou que essa é a primeira greve unificada dos setores representados pelo Andes desde a paralisação contra a reforma da Previdência, em 2003.

Eblin Farage, presidente do Andes, avaliou como muito positivo o fato de o sindicato nacional iniciar a greve já com 25 seções sindicais com as atividades paralisadas. “A nossa expectativa é que já nesta semana esse número passe de 30 seções sindicais, porque temos 15 com o indicativo da greve já aprovado”.

Segundo ele, além de pressionar o governo, o movimento quer dialogar com a sociedade para esclarecer os motivos da paralisação e os efeitos para toda a população das medidas tomadas pelo governo.

“Essa precisa ser uma greve de ocupação das universidades e institutos, de intenso diálogo com a comunidade acadêmica e também com a população, porque é necessário que, tanto os segmentos da comunidade acadêmica quanto a população como um todo, entendam que a pauta da nossa greve não é uma pauta corporativa, mas é uma pauta da sociedade, que é a defesa da educação pública”, afirmou ele à assessoria do Andes.

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