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Interior

Quadrilha de MS é investigada por enviar maconha e cocaína para o Paraná

Grupo comprava caminhões e vans para o transporte do entorpecente em nome de motorista e empresas fantasmas

Geisy Garnes | 24/06/2021 11:25
Veículos apreendidos pelos policiais federais nesta manhã (Foto: Divulgação PF)
Veículos apreendidos pelos policiais federais nesta manhã (Foto: Divulgação PF)

Policiais federais do Paraná cumpriram mandados de busca e apreensão em Amambai – cidade a 360 quilômetros de Campo Grande – contra quadrilha especializada no tráfico de maconha e cocaína da fronteira para cidades no sul do país. Os alvos da ação compravam caminhões e vans para o transporte do entorpecente em nome de laranja ou de empresas fantasmas.

Denominada Lazarus, a operação cumpriu ordens judiciais em Toledo e Amambai e apreendeu veículos de luxo e dinheiro.

Segundo a investigação, os traficantes compravam e carregavam os veículos com drogas na fronteira de Pedro Juan Caballero, no Paraguai e Ponta Porã. Depois contratavam motoristas para levar a carga até Curitiba, Capital do Paraná. Era de lá que o entorpecente era distribuído para o resto do Estado.

Dinheiro apreendido pela Polícia durante as ações nesta manhã (Foto: Divulgação PF)
Dinheiro apreendido pela Polícia durante as ações nesta manhã (Foto: Divulgação PF)

Ainda conforme a PF, a organização recrutava caminhoneiros em Toledo, no Paraná, onde também comprava caminhões e vans que eram usados no transporte da droga em nome dos motoristas ou de empresas fantasmas.

Para organizar o esquema de compra dos veículos, a organização criminosa contava com núcleo específico por viabilizar a transferência dos caminhões/carretas adquiridos para o nome dos respectivos motoristas antes das viajes até a fronteira para carregar os entorpecentes. Assim se fossem parados pela polícia não despertariam desconfiança.

Durante o curso das investigações, foram realizadas 15 prisões em flagrante por tráfico de drogas diretamente relacionadas à organização criminosa. Foram apreendidos 13.413 quilos de maconha, 676 quilos de cocaína e 32 veículos (caminhões, carretas, vans e caminhonetes utilizadas como “batedores” da carga)

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de drogas e associação para fins de tráfico, que podem chegar até 35 anos de reclusão.

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