ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, TERÇA  05    CAMPO GRANDE 26º

Interior

Secretário ‘dá show’ em posto após equipe expor falta de remédios e café

Anahi Zurutuza | 08/03/2017 19:31
Cartazes afixados na recepção do posto de Camapuã (Foto: Direto das ruas)
Cartazes afixados na recepção do posto de Camapuã (Foto: Direto das ruas)

Depois que funcionários afixaram cartaz avisando pacientes sobre a falta de pelo menos 26 tipos de medicamentos, materiais básicos, vacinas e até café e açúcar, o secretário de saúde de Camapuã - cidade a 133 km de Campo Grande -, Reinaldo Mendonça Costa, foi até a unidade para tirar satisfações e pessoas que esperavam por atendimento testemunharam um verdadeiro “barraco”. Um vereador da cidade diz que foi chamado por pacientes e o gestor admite ter ficado irritado.

Tudo aconteceu na tarde desta terça-feira (7). Conforme a denúncia feita ao Campo Grande News, primeiro o secretário ligou na unidade localizada no Bairro Alto e mandou que os cartazes fossem retirados. Ele então foi até o posto para verificar se a ordem havia sido obedecida.

“Chegou gritando com os funcionários e coagindo-os”, informou o denunciante. Constrangidos, alguns dos integrantes da equipe teriam deixado o posto aos prantos, ainda segundo a pessoa que fez a denúncia.

O vereador Pedro Dias (PR) conta que recebeu ligações de pacientes que aguardavam atendimento. Ele relata ainda que foi até a unidade, mas quando chegou, Reinaldo já havia deixado o local. “Me contaram o que havia acontecido, funcionários e pacientes. Agora, eu questiono: é proibido falar a verdade?”.

O parlamentar afirma ainda que pessoas ficaram sem atendimento e que uma médica passou mal por conta do nervosismo. “Não está faltando só remédio, falta até material de limpeza, papel higiênico”, completou o vereador dizendo que a Câmara Municipal vai cobrar providências da prefeitura.

O secretário admite a falta de remédios e diz que vai lançar ainda esta semana licitação para a compra dos medicamentos. Ele confirma que teve uma discussão com funcionários da unidade e que ficou “nervoso” com a situação, mas diz que não destratou ou coagiu os servidores. “Foi um problema interno e para mim, este assunto já foi superado”.

Nos siga no Google Notícias