Sem negociação, indígenas decidem passar a noite em protesto na sede do Dsei
Cerca de 80 indígenas estão reunidos em instituição, desde o final desta manhã (03)
Cerca de 80 indígenas vão passar a noite na sede do Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena), em Dourados (a 233 Km da Capital), como forma de protesto contra a atual gestão da saúde indígena na reserva da cidade. Os moradores estão no local desde esta tarde e pedem a exoneração da chefe do polo-base, Sidneide Alves Boa Sorte.
No entanto, os manifestantes afirmam que ninguém do Dsei os procurou para negociar, apurou a reportagem. O protesto é pacífico e não impede o funcionamento da unidade e o trabalho dos funcionários.
Em documento enviado do MPF (Ministério Público Federal), ao MPT (Ministério Público do Trabalho) e ao Dsei, os indígenas afirmam terem tomado a decisão de ocupar o prédio “cansados de tanto desmando, autoritarismo, falta de gestão, ameaça e perseguição contra profissionais”.
Eles acusam a gestão de Sidneide Alves Boa Sorte de manipular membros da comunidade indígena e demitir profissionais experientes em plena pandemia “apenas por perseguição", dentre outras situações que desagradam aos moradores das aldeias.
“Entendemos que não tem condições nem perfil para gerenciar administrativamente as estruturas de saúde da Sesai, que cuida da nossa saúde e da vida dos nossos filhos, netos, pais e avós”, diz o documento.