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Interior

Senador paraguaio diz que brasileiro do PCC não merecia viver em sociedade

Em 2010, Robert Acevedo foi alvo de atentado e Jefferson Barbosa, morto ontem em Coronel Sapucaia, era um dos pistoleiros

Helio de Freitas, de Dourados | 22/11/2016 08:57
“Di Menor” matinha QG do crime em Coronel Sapucaia (Foto: Reprodução)
“Di Menor” matinha QG do crime em Coronel Sapucaia (Foto: Reprodução)
Bandidos presos ontem em Coronel Sapucaia eram soldados do PCC (Foto: Direto das Ruas)
Bandidos presos ontem em Coronel Sapucaia eram soldados do PCC (Foto: Direto das Ruas)

O senador paraguaio Robert Acevedo, do Partido Liberal, disse que o criminoso brasileiro Jefferson Barbosa, 34, o “Di Menor”, morto em confronto com a polícia, ontem em Coronel Sapucaia, não merecia viver em sociedade. O bandido era apontado como um dos principais líderes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira com o Paraguai.

“Não devemos festejar nenhuma morte, mas são pessoas que não merecem estar em sociedade pelo perigo que representam”, afirmou Acevedo, em entrevista a uma rádio de Pedro Juan Caballero.

Através de fotos, Acevedo reconheceu “Di Menor” como um dos pistoleiros que tentaram matá-lo em 26 de abril de 2010, em Pedro Juan Caballero, quando já exercia mandato de senador. Antes, ele foi governador do departamento (equivalente a estado) de Amambay.

No ataque, dois seguranças de Acevedo morreram. O senador foi ferido com dois tiros. Na época, ele já apontava o PCC como mandante do atentado e alertou que Pedro Juan Caballero poderia se tornar uma nova Juárez, cidade mexicana na fronteira com os Estados Unidos dominada pelo crime organizado.

“Era uma pessoa bastante perigosa, um dos maiores pistoleiros que operavam na fronteira”, afirmou Robert Acevedo, ontem à noite.

O confronto – A operação que culminou na morte de “Di Menor” e na prisão de outros três bandidos do PCC envolveu policiais militares, agentes da Polícia Civil, policiais paraguaios e policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira).

Com informações de que membros do PCC estavam escondidos na cidade, os policiais cercaram a casa, localizada na Vila Nova, em Coronel Sapucaia, a 400 km de Campo Grande.

Dois homens que estavam armados com fuzis foram dominados. “Di Menor” fugiu pelo telhado e entrou numa casa vizinha, onde se escondeu em um dos quartos.

Armado com uma escopeta calibre 12, ele atirou nos policiais e foi alvejado. O bandido chegou a ser socorrido até o hospital de Coronel Sapucaia, mas morreu em seguida.

De acordo com o DOF, a ocorrência segue em andamento na região de Coronel Sapucaia. Os nomes dos homens que foram presos na casa ainda não foram divulgados.

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