Sindicato denuncia fechamento de salas de aula e prejuízo a 400 estudantes
Extinção de dez turmas em escola municipal foi comunicada em ofício por secretário
Pelo menos 400 estudantes dos bairros Parque Nova Dourados e Jardim Canaã III terão de procurar outra escola no ano que vem em Dourados, a 233 km de Campo Grande. A prefeitura vai fechar dez turmas, segundo ofício enviado na semana passada pela Secretaria Municipal de Educação.
Em nota oficial, o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) repudiou a medida adotada pela gestão da prefeita Délia Razuk (sem partido). Segundo a entidade, a decisão precariza o ensino público da rede municipal.
“Mesmo em final de gestão, a Secretaria Municipal de Educação pretende fechar quatro turmas de 6º ano, quatro salas de 7º ano e duas turmas de 8º ano da Escola Municipal Neil Fioravanti”, afirma o Simted.
Segundo o sindicato, a “decisão antidemocrática” foi informada por meio de comunicação interna no dia 4 de dezembro e divulgada somente no dia 11. “A Semed não debateu o tema com a comunidade escolar, o que irá prejudicar turmas importantes e estratégicas para professores, estudantes, pais, mães e familiares que residem na região do Parque Nova Dourados e imediações”.
Conforme o Simted, o fechamento de salas leva os alunos a procurarem vagas na rede estadual e se matricularem em escolas distantes de onde residem.
“Além disso, vários docentes serão obrigados a passarem por desgastes de lotações em outras unidades de ensino. Isso depois de passarem por processo de lotação e remoção realizados pela própria Secretaria Municipal de Educação. O fechamento de salas e turmas foi algo recorrente na atual gestão, o que vem prejudicando o ensino público municipal de Dourados”, afirmou o Simted.
A entidade declarou ser “terminantemente contrária” ao fechamento de salas de aula ou escolas, independentemente de qualquer justificativa das administrações públicas. “O sindicato vai solicitar que a decisão seja revista, que haja debate sobre o tema e que a comunidade escolar seja previamente ouvida a fim de evitar danos futuros”. A prefeitura ainda não se manifestou sobre o assunto.
