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Interior

Suplentes tomam posse amanhã no lugar de vereadores afastados por corrupção

Posse dos 8 suplentes ocorre às 7h30 e depois eles participam da sessão ordinária

Helio de Freitas, de Dourados | 12/12/2022 17:06
Vereadores de Maracaju em sessão antes do afastamento; suplentes tomam posse amanhã (Foto: TudodoMS)
Vereadores de Maracaju em sessão antes do afastamento; suplentes tomam posse amanhã (Foto: TudodoMS)

A Câmara Municipal de Maracaju (cidade a 159 km de Campo Grande) marcou para amanhã (13), às 7h30, a posse dos oito suplentes que vão ocupar as vagas dos vereadores afastados pela Justiça no âmbito da Operação Dark Money, da Polícia Civil.

Em comunicado divulgado hoje, o Legislativo informou que os oito suplentes serão empossados em sessão solene e logo em seguida participam da sessão ordinária. Eles vão exercer o mandato até o dia 5 de janeiro, quando termina o afastamento dos titulares.

Os vereadores foram afastados por suspeita de receberem mensalinho de 2019 a 2020, últimos dois anos da gestão do ex-prefeito Maurilio Azambuja (MDB). A propina, paga com dinheiro desviado da prefeitura, seria para impedir fiscalização dos atos de corrupção no Executivo e aprovar projetos de interesse do então prefeito.

Nelson Lords e Professora Rosane Jung, os dois primeiros suplentes do PSDB, assumem as vagas dos vereadores Robert Ziemann (atual presidente) e Laudo Sorrilha, respectivamente.

Do MDB, foram chamados Celinho Padeiro para o lugar de Ludimar Portela (“Nego do Povo”), Rudmar Laurent para substituir Joãozinho Rocha, Gracinha Pernambucana para o lugar de Hélio Albarello e Adilson Batista para a vaga de Antonio João Marcal de Souza (“Nenê da Vista Alegre”.

Daniel Esquivel e Beto Schwinn, do União Brasil, vão tomar posse no lugar de Ilson Portela (“Catito”) e Jefferson Lopes, respectivamente.

O suplente Vergilio da Banca (MDB) recebeu mais votos que Gracinha Pernambucana na eleição de 2020, mas ele não poderá assumir porque também é acusado de receber mensalinho nos dois últimos anos da gestão do ex-prefeito Maurilio Azambuja (MDB).

Vergilio era vereador na época, mas não conseguiu se reeleger em 2020. Além dele, o ex-vereadores Adriano da Silva Rodrigues, o “Professor Dada” (PSDC), e Toton Pradence (União Brasil), também são investigados na mesma operação.

Os oito vereadores os três ex-vereadores foram alvos da fase “mensalinho” da Operação Dark Money, deflagrada em setembro de 2021 pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado).

O vice-presidente do Legislativo, Gustavo Duó (PP), assumiu a presidência em substituição a Robert Ziemann.  O segundo-secretário da Mesa Diretora, Oseias Carvalho Rodrigues (Republicanos), assumiu a primeira-secretaria em substituição a “Nenê da Vista Alegre”.

Na semana passada, durante cumprimento dos 22 mandados de busca e apreensão, a polícia prendeu Hélio Albarello e Laudo Sorrilha Brunet por posse irregular de armas e munições. Os dois pagaram fianças de R$ 2,4 mi e R$ 24,2 mil respectivamente e foram soltos no mesmo dia.

Na casa Ludimar Portela, os policiais apreenderam R$ 100 mil em espécie e R$ 1 milhão em cheques. Joias, documentos e 13 veículos também foram apreendidos. A investigação continua.

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