Câmara decide convocar suplentes de 8 vereadores afastados pela Justiça
Convocação sai amanhã e vale até 6 de janeiro, quando vence afastamento determinado pela Justiça
A Câmara Municipal de Maracaju (cidade a 159 km de Campo Grande) decidiu nesta quinta-feira (8) convocar os suplentes dos oito vereadores afastados ontem pela Justiça no âmbito da Operação Dark Money, da Polícia Civil.
Mais cedo, o Campo Grande News havia informado que a direção do Legislativo não pretendia fazer a convocação, pois o afastamento vale por apenas 30 dias e nesse período não há previsão de votação importante.
Entretanto, por volta de meio-dia o Legislativo decidiu que vai publicar a convocação dos suplentes nesta sexta-feira (9). A posse será imediata.
Os dois primeiros suplentes do PSDB Nelson Lords e Professora Rosane Jung serão convocados para as vagas de Robert Ziemann e Laudo Sorrilha, respectivamente.
Do MDB, serão chamados Celinho Padeiro para o lugar de Ludimar Portela (“Nego do Povo”), Rudmar Laurent para substituir Joaozinho Rocha, Gracinha Pernambucana para o lugar de Hélio Albarello e Adilson Batista para a vaga de Antonio João Marcal de Souza (“Nenê da Vista Alegre”.
Daniel Esquivel e Beto Schwinn, do União Brasil, substituem Ilson Portela (“Catito”) e Jefferson Lopes, respectivamente.
O ex-vereador e atual suplente Vergilio da Banca (MDB) recebeu mais votos que Gracinha Pernambucana na eleição de 2020, mas ele não poderá assumir porque também é acusado de receber mensalinho nos dois últimos anos da gestão do ex-prefeito Maurilio Azambuja (MDB).
Além de Vergilio, o ex-vereadores Adriano da Silva Rodrigues, o “Professor Dada” (PSDC), e Toton Pradence (União Brasil), também são investigados na mesma operação.
Os oito vereadores afastados ontem e os três ex-vereadores (que não conseguiram se reeleger em 2020) são alvos da fase “mensalinho” da Operação Dark Money, deflagrada em setembro de 2021 pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado).
Essa nova fase identificou esquema de pagamento de propina a vereadores de dezembro 2019 a novembro de 2020. Segundo o Dracco, as propinas eram pagas por ordem de Maurilio Azambuja, com anuência de outros servidores e integrantes da gestão municipal, e tinham como objetivo afrouxar a fiscalização das contas da prefeitura pela Câmara, além de aprovar projetos de interesse da prefeitura.